O dólar operou em alta nesta segunda-feira, 21, em uma sessão atenta aos desdobramentos da covid-19 na China, depois que a primeira pessoa morreu em meses em virtude da doença no país. As perspectivas para mais restrições para tentar conter o vírus no país reforçaram a busca por segurança. Além disso, investidores observam ainda a postura do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) depois de uma série de declarações de dirigentes da autoridade e em uma semana que contará com a divulgação da ata da última reunião de política monetária, na quarta-feira.

O índice DXY subiu 0,85%, aos 107,835 pontos. Ao fim da tarde, o dólar subia a 142,10 ienes, o euro recuava a US$ 1,0243 e a libra tinha baixa a US$ 1,1820.

Para a Convera, a recuperação do dólar de mínimas de vários meses ganhou força à medida que o aumento das infecções por covid-19 na China abalou os mercados globais e estimulou uma fuga para a segurança. O porto-seguro subiu para máximas de uma semana e meia em relação aos rivais da Europa, aponta.

O dólar havia caído para mínimas de três meses na semana passada, depois que a inflação mais baixa nos EUA sugeriu um ritmo mais lento de aumento das taxas de juros pelo Fed, aponta a análise. O dólar fechou a semana passada com amplos ganhos, no entanto, depois que as autoridades do Fed enfatizaram que a inflação continua muito alta e que as taxas de juros continuarão subindo, avalia.

Já as esperanças de que a China possa em breve afrouxar sua estratégia de covid-zero foram frustradas após um aumento nos casos, destaca a Convera. O foco da semana encurtada pelo feriado de Ação de Graças está na divulgação das atas da última reunião do Fed na quarta-feira.

A evolução do euro esta semana pode depender da saúde da maior economia da Europa, já que a Alemanha divulga dados importantes na quinta-feira sobre a pesquisa Ifo de confiança empresarial e na sexta-feira sobre o crescimento do terceiro trimestre, aponta.