A cardiologista Ludhmila Hajjar, que integra o grupo técnico da saúde da equipe de transição do novo governo, disse nesta terça, 22, que as vacinas são “prioridade” e que a intenção é começar o ano não apenas atualizando o calendário de vacinação, mas fazendo campanhas maciças, com doses e quantidades adequadas.

“Precisamos atualizar vacinas, não só da Covid, mas fazer uma campanha maciça de vacinação, ter vacinas adequadas, um número correto” disse ao chegar ao Centro Cultural Banco do Brasil, sede do governo de transição.

Ela destacou que a nova onda da Covid “é uma preocupação nacional, estamos vivendo novo repique nos dados”. Mas defendeu que a questão das vacinas vá além do tema: “O Programa Nacional de Imunizações tem que ser reforçado, estimulado, precisamos fazer campanha, mais uma vez restabelecer comitês que ficaram desestruturados. Temos que ter comitês científicos auxiliando o PNI”, ressaltou ainda que algumas portarias editadas durante a gestão atual precisarão ser revistas.

Segundo ela, todas as discussões do grupo temático na transição estão ocorrendo com base em dados científicos e disse que haverá “uma mudança de paradigma, com uma população que vai ser ensinada e chamada a vacinar”.

Ela destacou que o GT não tem encontrado dificuldades de acesso a dados, dizendo que “todo mundo quer fazer diagnóstico emergencial”.

Questionada sobre a hipótese de aceitar um convite para o ministério, a cardiologista disse que isso ainda não foi discutido.