O dólar operou em alta nesta segunda, 28, em uma sessão com aversão a riscos, especialmente por conta dos temores com a economia chinesa. A onda de protestos no país por conta da política covid zero levantou preocupações sobre a possível reação do governo local, o que pode impactar a atividade. Além disso, declarações de dirigentes dos principais bancos centrais foram acompanhadas, com reforço do comprometimento no combate à inflação.

O índice DXY subiu 0,68%, aos 106,681 pontos. Ao fim da tarde, o dólar avançava a 139,90 ienes, o euro recuava a US$ 1,0336 e a libra tinha baixa a US$ 1,1946.

Apesar de relaxaram restrições em algumas regiões do país hoje, autoridades chinesas reafirmaram seu compromisso com a estratégia de covid zero, mesmo após multidões protestarem nas ruas. Para o Stifel, ainda está para ser determinado como os protestos vão se desenrolar e se as manifestações terão ou não um impacto significativo no ajuste dos protocolos sanitários do país.

“A aversão ao risco se traduziu em suporte para apostas mais seguras como o dólar. O declínio da libra em relação ao dólar mais fraco também refletiu as preocupações contínuas com a saúde e as perspectivas da economia britânica, que já entrou em uma recessão que pode se estender até 2024, de acordo com as principais autoridades do Reino Unido”, aponta a Convera.

No caso do euro, o dirigente do Banco Central Europeu (BCE) Klaas Knot afirmou que será necessário se preparar para um “período prolongado” de aperto monetário. Já a presidente da instituição, Christine Lagarde, alertou que os juros são e continuarão sendo a principal ferramenta de combate à inflação. “Não acreditamos termos atingido pico da inflação ou que ela vá diminuir em breve”, destacou.

Já o presidente do Federal Reserve (Fed) de Nova York, John Williams, defendeu cautela nas políticas monetárias para reduzir os altos índices de inflação. “Não podemos arriscar períodos sustentados de deflação. O ideal é que ela fique em torno de 2% ao ano”, apontou. O dirigente da distrital de St. Louis, James Bullard, afirmou hoje que a autoridade deverá manter os juros em um nível elevado em 2023 e 2024, e que acredita que chegar na taxa terminal de juros o mais rápido possível é o melhor.