12/12/2022 - 15:48
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) destacou o papel do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do Supremo Tribunal Federal (STF) para assegurar a realização das eleições deste ano. Sem citar diretamente o presidente Jair Bolsonaro (PL), seu adversário no segundo turno, o petista lembrou dos ataques aos ministros das Cortes e à segurança das urnas eletrônicas feitos pelo atual chefe do Executivo.
“Quero destacar a coragem do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior Eleitoral, que enfrentaram toda sorte de ofensas, ameaças e agressões para fazer valer a soberania do voto popular. Cumprimento cada ministro e cada ministra do STF e do TSE pela firmeza na defesa da democracia e da lisura do processo eleitoral nesses tempos tão difíceis. A história há de reconhecer sua coerência e fidelidade à Constituição”, afirmou Lula durante discurso na cerimônia de diplomação como presidente eleito, na tarde desta segunda-feira, 12, em Brasília.
Lula ainda afirmou que Bolsonaro tinha um projeto de “destruição de País” e lembrou de tentativas de “comprar o voto dos eleitores” e das blitze da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no segundo turno, que dificultaram a chegada de eleitores aos locais de votação.
“De um lado, o projeto de reconstrução do País, com ampla participação popular. De outro lado, um projeto de destruição do País ancorado no poder econômico e numa indústria de mentiras e calúnias jamais vista ao longo de nossa história. Não foram poucas as tentativas de sufocar a voz do povo. Os inimigos da democracia lançaram dúvidas sobre as urnas eletrônicas, cuja confiabilidade é reconhecida em todo o mundo”, criticou.
“Ameaçaram as instituições. Criaram obstáculos de última hora para que eleitores fossem impedidos de chegar a seus locais de votação. Tentaram comprar o voto dos eleitores, com falsas promessas e dinheiro farto, desviado do orçamento público”, disse também o petista.
Lula destacou que a democracia “precisa ser cultivada” e que os brasileiros escolheram “amor em vez do ódio”. “A democracia não nasce por geração espontânea. Ela precisa ser semeada, cultivada, cuidada com muito carinho por cada um, a cada dia, para que a colheita seja generosa para todos. Mas além de semeada, cultivada e cuidada com muito carinho, a democracia precisa ser todos os dias defendida daqueles que tentam, a qualquer custo, sujeitá-la a seus interesses financeiros e ambições de poder.”