12/12/2022 - 18:21
O dólar operou sem direção única nesta segunda-feira, 12, em comparação com outras moedas de países desenvolvidos, diante de um ambiente cauteloso no mercado cambial antes da divulgação da inflação de novembro dos EUA, além de decisões monetárias do Federal Reserve (Fed), Banco Central Europeu (BCE) e Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) ao longo da semana. O foco ficou em eventos dos próximos dias também por conta de uma agenda esvaziada de drivers no exterior.
No fim da tarde em Nova York, o dólar avançava a 137,70 ienes, o euro apreciava a US$ 1,0539 e a libra tinha baixa a US$ 1,2269. Apesar do movimento misto da moeda americana, o índice DXY, que mede a variação da divisa ante seis rivais, subiu 0,31%, a 105,131 pontos.
“A próxima semana pode ser potencialmente explosiva para as moedas, já que os mercados se preparam para a inflação dos EUA na terça-feira e para a reunião final do ano do Fed na quarta-feira. A quinta-feira também se aproxima quando as vendas no varejo dos EUA dividirão os holofotes com as reuniões de política monetária do BCE e do BoE”, resume o analista Joe Manimbo, da Convera.
De acordo com a mediana de analistas consultados pelo Projeções Broadcast, o índice de preços ao consumidor dos EUA subiu 0,2% em novembro ante outubro, acumulando alta de 7,3% em 12 meses. Considerando somente os preços do núcleo, que excluem itens voláteis como alimentos e energia, avançou 0,3% e 6,1% sob as mesmas comparações.
Já em relação às decisões de Fed, BCE e BoE, a ampla maioria dos economistas espera por elevações de 50 pontos-base dos três BCs mencionados, o que significaria desacelerar o ritmo do aperto monetário em curso nos EUA, zona do euro e Reino Unido.
Para o Citi, há a chance de que o mercado tenha uma surpresa hawkish na quarta-feira, quando os dirigentes do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) se reúnem. O recente afrouxamento monetário não deve ser visto com bons olhos por um comitê que “provavelmente agora está mais preocupado com a inflação persistente impulsionada por um aumento nos custos trabalhistas”, alerta o grupo.