23/12/2022 - 7:27
Dirigentes do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) observaram que é importante continuar com a atual flexibilização monetária e, assim, atingir a meta de estabilidade de preços de forma sustentável e consistente. De acordo com a ata da penúltima reunião de política monetária, realizada em 27 e 28 de outubro e publicada nesta sexta-feira, pelo horário do Japão, os membros do BC concordaram que não hesitarão em tomar medidas adicionais de flexibilização, se necessário, sendo que é esperado que as taxas de juros de curto e longo prazo permaneçam em seus níveis atuais ou inferiores.
“Um membro expressou a opinião de que as taxas de juros de longo prazo em níveis baixos trazem benefícios significativos para a macroeconomia no momento”, diz o documento. No entanto, um outro membro ponderou que é importante continuar a examinar como as futuras estratégias de saída dessa política monetária acomodatícia afetariam o mercado e se os participantes do mercado estariam bem preparados para eles.
Sobre a inflação, os dirigentes concordaram que a taxa de variação anual do índice de preços ao consumidor (CPI) provavelmente aumentaria no final de 2022 devido a aumentos nos preços de energia, alimentos e bens duráveis. No entanto, os membros concordaram que, com base no ano fiscal, a taxa de aumento anual do CPI provavelmente ficará abaixo de 2% a partir de 2023.
“Um membro destacou que as expectativas de inflação de médio a longo prazo aumentaram moderadamente, pois o banco continuou persistentemente com a flexibilização monetária e que, por meio de uma queda nas taxas de juros reais, surgiram sinais de materialização de efeitos contundentes da flexibilização monetária na economia do Japão”.
Além disso, a ata traz que alguns dirigentes disseram que a recente depreciação rápida do iene aumentou as incertezas para as empresas e foi amplamente negativo para a economia do Japão. Por fim, o comunicado afirma que a economia do Japão provavelmente vai se recuperar – com o impacto da covid-19 e as restrições do lado da oferta diminuindo e com o apoio de condições financeiras acomodatícias e medidas econômicas do governo – “embora espera-se que esteja sob pressão descendente decorrente dos altos preços das commodities e da desaceleração das economias estrangeiras”.