O governador Romeu Zema (Novo) disse, durante sua posse na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, no período da manhã deste domingo, 1º., que a prioridade de seu segundo mandato à frente do Palácio Tiradentes é a adesão do Estado ao Regime de Recuperação Fiscal, iniciativa que depende, além da aprovação dos deputados estaduais, da anuência do governo federal, a partir de agora comandado pelos petistas com o qual não tem qualquer simpatia. O projeto está parado desde 2019 na Assembleia Legislativa mineira.

A adesão ao Regime de Recuperação Fiscal é fundamental para equilibrar as contas públicas mineiras. O déficit estadual previsto para 2023 é de R$ 3,6 bilhões. Zema vai depender, também, da administração petista para as metas anunciadas na posse para conclusão de hospitais regionais, a repactuação do acordo pela reparação do rompimento da barragem em Mariana (MG), a recuperação das rodovias estaduais e a conclusão das obras do metrô de Belo Horizonte e do Rodoanel Metropolitano, na região metropolitana da capital mineira.

“O Regime de Recuperação Fiscal é o que vai propiciar o equilíbrio nas contas públicas e consequentemente o Estado ter condição de fazer os investimentos necessários que os mineiros precisam tanto. E além, lógico, previsibilidade. Quem quer voltar àquela situação catastrófica de quatro anos atrás?”, disse Zema em seu discurso de posse. “Tudo isso está encaminhado, já está acontecendo. Teremos quatro anos, se Deus nos iluminar, de muito desenvolvimento e muitas realizações”, afirmou.

“Meu compromisso é o de fazer nesses próximos quatros anos um governo muito melhor do que o primeiro. Teremos a retomada das obras dos hospitais regionais. Além disso, colocaremos em obras também o rodoanel, que será a maior intervenção viária da Região Metropolitana das últimas décadas. Conseguimos garantir o leilão do metrô de Belo Horizonte, um investimento de mais de R$ 3 bilhões que vai, enfim, melhorar o sistema atual e expandir a linha para o Barreiro. Essas são obras fundamentais para o governo de Minas Gerais”, disse Zema.

O governador mineiro afirmou também que o seu segundo mandato em Minas Gerais começa com uma “diferença fundamental” em relação ao primeiro mandato. Apoio de dez partidos à sua gestão, ao invés de sua primeira eleição, há quatro anos, quando não era apoiado por nenhuma sigla, com exceção do próprio Novo. O governador agradeceu ao PP, Podemos, Solidariedade, Patriota, Avante, PMN, Agir, DC, MDB e Novo, legendas que o apoiaram na disputa que venceu, no primeiro turno, com 56% dos votos válidos dos mineiros.

“Para mim é uma satisfação estar aqui, mais uma vez, sendo reconduzido para mais quatro anos à frente do governo de Minas. Eu gostaria de agradecer, primeiramente, os partidos que apoiaram nossa reeleição. Essa união demonstra que eu cheguei aqui, para esse segundo governo, numa situação muito diferente do primeiro. Se eu citasse os partidos que me apoiaram quatro anos atrás, eu citaria apenas o partido Novo. Então, isso vai possibilitar a esse novo governo uma base na Assembleia e, consequentemente, muitas realizações”, afirmou o mandatário.

Zema foi reeleito no primeiro turno das eleições de outubro de 2022, em Minas Gerais, com 6.094.136 votos (56,18% dos votos válidos). O vice é Mateus Simões (Novo), ex-vereador em Belo Horizonte.