O dólar avançou ante a maioria das moedas nesta terça, 3, em uma sessão marcada pela desvalorização do euro, que caiu seguindo a divulgação da inflação na Alemanha. A desaceleração do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) alemão de dezembro sugeriu um possível aperto monetário mais leve por parte do Banco Central Europeu (BCE) para tentar controlar os preços na região. No caso dos Estados Unidos, a semana conta com a divulgação amanhã da ata relativa à última decisão do Federal Reserve (Fed) e o payroll de dezembro no país, que devem sugerir próximos passos do banco central.

No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 130,94 ienes, o euro recuava a US$ US$ 1,0558 e a libra tinha queda a US$ 1,1970. O DXY subiu 0,96%, a 104,518 pontos.

Na Europa, a inflação na Alemanha deu sinais de arrefecimento ao desacelerar de alta anual de 10,0% em novembro para 8,6% em dezembro, ficando abaixo das expectativas de analistas. Na visão do ING, para o BCE, a queda de hoje na inflação geral alemã é outro lembrete de que um choque de preços de energia pode realmente se reverter quase tão rapidamente quanto surgiu. “Pelo menos com base nos preços atuais de energia, a inflação em toda a zona do euro pode cair mais rápido do que o BCE havia previsto em dezembro”, avalia. Se os preços da energia permanecerem em seus níveis atuais até março, “o BCE terá que revisar para baixo suas próprias previsões de inflação, e os apelos por pelo menos uma pausa no atual ciclo de alta de juros aumentarão”, avalia o banco.

“No entanto, o caminho para taxas substancialmente mais baixas de inflação não será fácil. Por enquanto, são os preços de energia mais baixos e, portanto, os efeitos de base, bem como as intervenções do governo que estão pressionando para baixo a inflação global”, pondera o ING.

Para o Citi, as vagas nos EUA devem aumentar em 195 mil em dezembro, a alta mais suave nos últimos dois anos, mas em linha com um ritmo médio pré-pandêmico e com fortes detalhes subjacentes. “No geral, a evidência de um mercado de trabalho ainda apertado até o final de 2022 apoiaria nosso caso base para uma alta de 50 pontos-base do Fed em fevereiro”, avalia o banco.