O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou na noite deste domingo. 8, que não quer acreditar que o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, tenha sido conivente com a ação de grupos bolsonaristas radicais que invadiram e depredaram a sede dos Três Poderes hoje, em Brasília. “Provavelmente foi iludido, foi enganado, essa apuração de responsabilidade será feita”, disse Dino, em coletiva de imprensa convocada para tratar sobre as ações após os atos radicais.

Questionado sobre a responsabilidade de Ibaneis pela nomeação de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL), como secretário de Segurança Pública do DF, Dino afirmou que agora Torres é ex-secretário e que “o obstáculo ou eventual embaraço já foi removido pelos próprios fatos”.

Ibaneis exonerou Torres após os atos dos grupos radicais na Esplanada dos Ministérios hoje e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decretou intervenção federal na segurança pública distrital. Mas o ministro afirmou que Ibaneis vai responder sobre os fatos relativos ao Distrito Federal. “Não nos cabe julgar decisões administrativas de Ibaneis, mas, nesse caso, não há dúvida que administrativamente não foi melhor decisão”, disse, ainda sobre Torres.