11/01/2023 - 20:59
Ao ser questionado nesta quarta-feira, 11, sobre a possibilidade de o governo estender a intervenção na segurança pública do Distrito Federal para além de 31 de janeiro, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, evitou responder de forma direta e brincou: “Cada dia com sua agonia”. Em caso de intervenção nos Estados, a Constituição não pode ser emendada, o que, em tese, atrasaria a agenda econômica.
A intervenção no DF foi decretada no último domingo, 8, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após golpistas invadirem os prédios do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal. O decreto foi aprovado ontem pelo Legislativo. Além disso, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou o afastamento de Ibaneis Rocha (MDB) do governo do Distrito Federal por omissão.
Costa afirmou também que o governo federal vai realizar no Palácio do Planalto rotinas periódicas de treinamento de pessoal para garantir a segurança. Hoje, houve reforço do Batalhão da Guarda Presidencial, ligado ao Exército, e da Força Nacional na sede do Executivo durante a solenidade de posse das ministras Sônia Guajajara (Povos Indígenas) e Anielle Franco (Igualdade Racial). Além disso, a Esplanada foi fechada para reduzir a circulação de pessoas e evitar a entrada de veículos, em meio a novas convocações de atos golpistas pelo País.
“Será aplicado o reforço de segurança a cada momento que for necessário. E nós vamos implementar rotinas de ensaios, do mesmo jeito que na indústria se faz ensaio contra incêndio, treinamento de evacuação, serão feitas rotinas periódicas de treinamento de pessoal e de garantia da lei e da ordem e da democracia”, declarou Costa.