08/02/2023 - 18:07
Indústrias têxteis brasileiras fecharam cerca de US$ 10,066 milhões em negócios em uma feira do setor na Colômbia no fim de janeiro. O segmento espera que, ao longo do ano de 2023, os negócios com o país vizinho cheguem a cerca de US$ 72,350 milhões.
Foram 29 empresas do segmento têxtil brasileiro no evento. A presença está em linha com a relevância do fluxo comercial total entre os dois países. As exportações brasileiras de diferentes setores econômicos para a Colômbia cresceram 54,8% de janeiro a outubro de 2022 em comparação com o mesmo período de 2021, quando somaram US$ 4,17 bilhões.
Na outra ponta, as vendas colombianas para o Brasil atingiram a cifra de US$ 2,07 bilhões, uma alta de 32,2%. No mesmo período do ano passado, as vendas do setor têxtil e de confecção do Brasil à Colômbia somaram US$ 78,60 milhões.
Fernando Pimentel, diretor-superintendente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), diz que as exportações para a Colômbia mostram uma consolidação das relações. “Desde que houve o fim do imposto de exportação para a Colômbia, há cerca de 6 anos, essas relações tem se consolidado”, diz.
O Acordo de Complementação Econômica (ACE) nº 72 entre Mercosul e Colômbia, firmado e vigente desde 2017, tem o objetivo de estabelecer área de livre comércio com tarifa zero aos signatários, bem como promover o desenvolvimento, investimento, integração e cooperação. O Brasil é o quarto principal parceiro comercial da Colômbia, atrás dos Estados Unidos, China e México, com um market share de 5,7% no mercado do país vizinho.
Pimentel comenta ainda que o Custo Brasil atrapalha as empresas produtoras de tecido no País na exportação. “São questões estruturais que têm feito a balança manufaturada do Brasil ficar em déficit”. Para ele, acordos comerciais como o feito com a Colômbia são bem-vindos para estimular o segmento. O executivo vê com bons olhos a criação de pontes como o Tratado de Livre Comércio entre Mercosul e União Europeia.