A Tok&Stok é mais uma empresa do varejo que experimenta dificuldades após o evento da Americanas. A companhia contratou a consultoria Alvarez & Marsal para fazer uma avaliação da situação de seu caixa e propor alternativas para renegociação das dívidas e uma eventual capitalização, apurou o Estadão/Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado).

Uma eventual capitalização poderia vir dos acionistas fundadores da companhia. Estima-se que suas dívidas estejam em cerca de R$ 600 milhões, e há relatos de que um corte de cerca de 200 pessoas foi feito em agosto do ano passado. A crise da Americanas estremeceu a confiança no setor de varejo e várias companhias estão tendo dificuldades para renovar ou tomar novos empréstimos.

Dificuldades

No caso da Tok&Stok, a companhia teria feito um grande estoque para o período do Natal e não conseguiu vendas como havia planejado, desorganizando seu capital de giro. Todo o segundo semestre de 2022, na verdade, foi de vendas baixas para as varejistas de modo geral.

O setor de varejo vem de dois anos de dificuldades. A subida abrupta dos juros pegou uma série de empresas de surpresa em um momento de alto endividamento após a pandemia de covid-19.

A rede Tok&Stok tem em torno de 60 lojas em Estados como Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo.

Os acionistas da Tok&Stok são fundos da gestora Carlyle Group e a família francesa Dubrule, que eventualmente poderiam capitanear uma injeção de capital.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.