O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a defender a criação de uma espécie de “G20 da paz” para mediar o fim da guerra na Ucrânia e afirmou que vai levar a ideia para a reunião do G7, grupo dos sete países mais ricos do mundo, da qual o Brasil participará em maio, no Japão.

“Você tem que encontrar alguma coisa que justifique retomar a paz. A guerra está influenciando muita coisa, a gente no Brasil está sofrendo por causa dessa guerra. Toda guerra tem um fim, e essa guerra tem que ter um fim. Não precisamos ficar destruindo ponte, prédio, a troco de quê?”, questionou, em entrevista à Rádio BandNews FM gravada nesta quinta-feira, 2.

Para Lula, tanto Rússia quanto Ucrânia estão “pedindo a Deus” pelo fim da guerra. O presidente ainda conclamou que as grandes potências participem das negociações para um acordo de paz. Na visão dele, o presidente da China, Xi Jinping, por exemplo, não pode ficar como “olheiro” do conflito.

“Tanto a Rússia quanto a Ucrânia estão pedindo a Deus que apareça alguém para acabar com essa guerra. O problema é a Otan? Vamos discutir com europeus e americanos? É a filiação à União Europeia? Vamos discutir. Xi Jinping não pode ser olheiro, tem que ser ator. Pode influenciar na Ucrânia, na Rússia e no debate dos Estados Unidos”, cobrou. Ele ponderou, entretanto, que os “russos não tinham direito de invadir a Ucrânia”.

Ainda sobre a agenda internacional, o presidente voltou a dizer que o Brasil vai recuperar protagonismo e investimentos externos. “Eu vou recuperar o prestígio internacional do Brasil, o Brasil vai voltar a ser protagonista internacional outra vez. A gente vai ter mais investimento externo direto no Brasil e a economia vai voltar a crescer.”