29/01/2020 - 13:22
Nova York, 29 – O diretor do Departamento para o Hemisfério Ocidental do Fundo Monetário Internacional (FMI), Alejandro Werner, afirmou que o crescimento baixo da América Latina e Caribe em 2019 ocorreu devido a pequeno nível de investimentos, preços bem comportados de commodities e incertezas na gestão de políticas econômicas pela região.
Segundo Werner, a América Latina deve crescer 1,6% em 2020 e 2,3% em 2021, basicamente com a recuperação da demanda agregada global e juros baixos em nível internacional.
“Contudo, todos os países da região devem melhorar a eficiência de gastos públicos”, ressaltou Werner, destacando que pode continuar acomodatícia a condução da política monetária em vários países latino-americanos.
O diretor do FMI fez os comentários em entrevista coletiva sobre a atualização de projeções de crescimento para a América Latina do Fundo.
Reformas no Brasil
Werner afirmou que “é importante que reformas fiscais continuem avançando no Brasil”, ao responder pergunta do Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) sobre suas expectativas para aprovação de mudanças estruturais pelo Congresso neste ano, entre elas a relativa ao sistema nacional de tributos.
“Houve grande consenso com a aprovação da reforma da Previdência (Social) e reformas vão incrementar o arcabouço fiscal do País”, destacou o diretor do FMI. “Ocorreu certo progresso nas discussões da agenda de reformas em 2019. Com redução de juros em um contexto de inflação baixa e ambiente com menos incertezas, mais a aceleração do nível da atividade, o Brasil terá PIB maior que 2% em 2020.”
Projeções para o Brasil
O Fundo projeta que a economia nacional deve avançar 2,2% neste ano e 2,3% em 2021.