23/03/2023 - 14:38
Por causa da greve dos metroviários, que começou à 0h desta quinta-feira, 23, quatro linhas da Companhia do Metropolitano do Estado de São Paulo (Metrô) amanheceram sem funcionamento. Diante disso, os ônibus circulam com frota completa e o rodízio está suspenso. As linhas afetadas – 1 (Azul), 2 (Verde), 3 (Vermelha) e 15 (Prata-Monotrilho) – transportam cerca de 2,8 milhões de pessoas por dia.
Por volta das 9 horas, a gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) havia autorizado, pela primeira vez na história, a abertura das catracas, sem cobrança de tarifa, o que era reivindicado pelo Sindicato dos Metroviários e Metroviárias de São Paulo. Passageiros começaram, então, a aguardar a reabertura na frente das estações.
Já passava do meio-dia quando foi divulgada decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2), que impediu a liberação das catracas e determinou o funcionamento de, no mínimo, 60% do serviço no horário normal e de 80% no pico (das 6h às 9h da manhã e das 16h às 19h). Caso descumpra a liminar, o sindicato pode receber multa diária de R$ 500 mil.
A liminar foi concedida a pedido do próprio Metrô, que pleiteava retomar 100% nos horários de pico, e 80% nos demais, além da cassação da “catraca livre”. O desembargador Ricardo Apostólico Silva destacou a falta de acordo sobre liberar catracas e a impossibilidade de determinar a volta integral das atividades, sob risco de esvaziar o movimento.
Ainda sobre a liberação das catracas, o magistrado avaliou que a medida “poderia submeter o sistema ao recebimento de usuários acima do regular, diante de evidente migração de passageiros de outros meios de transporte, causando colapso e pondo em risco a segurança dos trabalhadores e dos próprios usuários, além de danos aos equipamentos e estrutura das estações”.
Já passava do meio-dia quando foi divulgada decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2), que impediu a liberação das catracas e determinou o funcionamento de, no mínimo, 60% do serviço no horário normal e de 80% no pico (das 6h às 9h da manhã e das 16h às 19h). Caso descumpra a liminar, o sindicato pode receber multa diária de R$ 500 mil.
A liminar foi concedida a pedido do próprio Metrô, que pleiteava retomar 100% nos horários de pico, e 80% nos demais, além da cassação da “catraca livre”. O desembargador Ricardo Apostólico Silva destacou a falta de acordo sobre liberar catracas e a impossibilidade de determinar a volta integral das atividades, sob risco de esvaziar o movimento.
Ainda sobre a liberação das catracas, o magistrado avaliou que a medida “poderia submeter o sistema ao recebimento de usuários acima do regular, diante de evidente migração de passageiros de outros meios de transporte, causando colapso e pondo em risco a segurança dos trabalhadores e dos próprios usuários, além de danos aos equipamentos e estrutura das estações”.
No início da tarde, os metroviários se reuniram em assembleia e decidiram manter a paralisação. Segundo o sindicato, houve “quebra de acordo do governo Tarcísio sobre a liberação das catracas, enganando e prejudicando tanto a população quanto os metroviários, que prontamente voltaram aos postos de trabalho”.
Em meio as idas e vindas de decisões, passageiros se diziam confusos. “Cheguei à 7h sem saber da greve. Esperei mais um pouco porque ouvi da liberação total das catracas. Mas depois, ouvi que a decisão tinha sido suspensa. É muito transtorno e confusão para quem depende do transporte público”, disse a diarista Josefina Mendes, de 53 anos, que precisava chegar na estação Santa Cruz, na zona sul, às 8h, mas nem não conseguiu sair de Artur Alvim, na zona leste.
Rotas alternativas e apps caros
Ao longo da manhã, passageiros foram pegos de surpresa e tiveram de improvisar e buscar rotas alternativas para chegar ao trabalho ou a compromissos. Sem Metrô e com ônibus lotados, os passageiros que optavam por usar carros de aplicativo reclamavam dos altos preços e da demora.
Na Estação Corinthians-Itaquera (zona leste), da Linha 3-Vermelha, foi grande a movimentação de pessoas ao longo da manhã. A opção, além dos ônibus do terminal, era utilizar os trens da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos, que funcionam normalmente. Em Artur Alvim, também na zona leste, havia dificuldade de embarcar nos ônibus lotados.
Por volta das 9h, na Estação Arthur Alvim do Metrô, na zona leste, a liberação das catracas era anunciada nos alto-falantes. Na frente do portão de acesso à estação, que permanecia fechado, seguranças disseram que os funcionários já estavam a caminho. Assim que chegassem, afirmaram, a catraca seria liberada gratuitamente para todos, o que não aconteceu.