O dólar recuou ante boa parte dos rivais nesta terça-feira, 28, à medida que investidores digerem o arrefecimento nas preocupações com o setor bancário.

Por volta das 17 horas (de Brasília), o índice DXY recuava 0,41%, a 102,430 pontos. O dólar cedia a 130,73 ienes, o euro avançava a US$ 1,0850 e libra tinha alta a US$ 1,2346.

Na visão do ING, enquanto os temores de contágio no sistema bancário permanecerem “relativamente quietos” na Europa, a tendência do dólar deve continuar de queda. “Podemos ver os mercados favorecendo o iene novamente para posições taticamente defensivas”, avalia o banco. O ING ainda projeta que o euro deve manter a força contra a rival americana sustentado pela narrativa hawkish do Banco Central Europeu (BCE), projetando que o EUR/USD deve atingir US$ 1,10 em breve.

O Commerzbank também avalia que o cenário para o dólar deve “permanecer difícil” no curto prazo. O banco observa que, caso o estresse nos mercados financeiros continue, o Federal Reserve (Fed) terá que manter um modo equilibrado de comunicação, mesmo que dados inflacionários surpreendam com tendência de alta. Sobre a libra, o Commerzbank espera níveis mais fracos da moeda britânica nos próximos meses, com as incertezas sobre a política monetária do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês).

Ainda nesta sessão, o dólar blue, negociado no mercado paralelo da Argentina, atingiu novo recorde nominal, de acordo com o jornal Âmbito Financiero. O dólar blue subia a 397 pesos, em alta de 1,79%, durante a tarde desta quarta-feira. No mercado oficial, o dólar avançou a 207,8388 pesos.