O contrato futuro mais líquido do ouro fechou em alta nesta quarta-feira, 12, favorecido por um dólar mais fraco ante rivais, após o índice de preços ao consumidor (CPI, pela sigla em inglês) dos Estados Unidos de março vir abaixo do esperado pelo mercado financeiro. O metal também foi apoiado em meio a expectativas de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) poderia ser menos rígido nas suas próximas decisões monetárias.

Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para junho fechou em alta de 0,29%, a US$ 2.024,90 por onça-troy.

Na visão de Alexander Zumpfe, da Heraeus, o ouro respondeu imediatamente à perspectiva de uma possível desaceleração nos aumentos das taxas de juros pelo Fed, apesar de uma mudança nessa visão ter feito o metal devolver parte dos ganhos no fim da manhã.

Segundo análise, “a concretização dessas expectativas de desaceleração das altas depende muito da confirmação de indicadores de arrefecimento econômico, como uma possível deterioração do mercado de trabalho americano”.

Já Edward Moya, da Oanda, aponta que a inflação não está em nível de desaceleração suficiente para o ouro bater novos recordes, visto que o CPI não significa que o “trabalho de aperto do Fed está concluído”.

“A perspectiva otimista do ouro permanece intacta, mas parece que os preços podem ficar presos em uma fase de consolidação até que tenhamos uma perspectiva mais clara para a economia”, afirma Moya.