O contrato futuro mais líquido do ouro avançou na sessão desta quinta-feira, 27, após passar grande parte do dia operando em baixa, beneficiado pela alta do dólar ante o euro, mas com fôlego contido à medida que investidores consolidam expectativas por uma decisão monetária mais rígida em maio por parte do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), após a aceleração do índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) no primeiro trimestre ante anterior.

Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para junho fechou em alta de 0,15%, a US$ 1.999,00 por onça-troy.

O metal chegou a operar nesta quinta acima da marca de US$ 2 mil por onça-troy, importante suporte para a commodity, mas virou e caiu bruscamente após a publicação da inflação medida pelo PCE, que aumentou as chances de uma alta de 25 pontos-base (pb) pelo BC americano na próxima quarta-feira.

Por volta das 14 horas, a ferramenta FedWatch, do CME Group, apontava uma possibilidade de 87,4% de alta de 0,25 ponto porcentual, nos juros em maio pelo Fed, ante 72,2% registrado na quarta.

Para o TD Securities, um calendário movimentado de dados nos próximos dias pode atuar como um catalisador para atrair novos fluxos para o ouro, mas o banco não espera mudanças significativas nos posicionamentos dos investidores até que os preços do metal fiquem abaixo de US$ 1.970.