Após cair nos primeiros negócios alinhado ao exterior, o dólar ajustou-se em alta de forma pontual frente o real no período da manhã desta quinta-feira, 4, diante do fortalecimento do índice DXY do dólar ante divisas rivais em meio à decisão dovish do Banco Central Europeu (BCE).

O BCE elevou juros em 25 pontos-base e justificou que a inflação tem desacelerado nos últimos meses, mas pressões subjacentes seguem fortes. Logo depois, a moeda norte-americana retomou o sinal negativo frente o real, acompanhando a tendência de baixa ante outras divisas latino americanas em meio alta de commodities, como petróleo, e provável fluxo comercial positivo.

Na abertura dos negócios, os investidores precificaram ainda a decisão do Copom de manter a taxa Selic estável em 13,75% ao ano, como amplamente esperado, além dos sinais de manutenção do juro básico por longo período no país.

A moeda norte-americana segue fraca ante o real e outros pares emergentes ligados a commodities após o Fed fazer novo aperto de 25 PB dos juros nos EUA, à faixa de 5,00% a 5,25% ao ano, e indicar pausa no ciclo de aperto.

Contudo, o índice DXY ganhou força ecoando sinais hawkish do presidente da instituição, Jerome Powell, e também temores com a saúde financeira de bancos regionais norte-americanos. Powell indicou que os juros nos EUA devem ficar restritivos por bom tempo ainda para combater a inflação resiliente no país,

Às 9h39, após subir à máxima a R$ 5,0005 (+0,17%) reagindo ao BCE, o dólar à vista caía 0,21%, a R$ 4,9820, enquanto o dólar junho cedia 0,25%, a R$ 5,0090.