08/10/2024 - 17:22
São Paulo, 8 – O dólar voltou a ser negociado sem direção única ante os principais pares nesta terça-feira, com variações limitadas ante o iene, euro e a libra, à medida que o mercado aguarda dados de inflação nos Estados Unidos para direcionar as expectativas sobre a definição das taxas de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). Se os indicadores não forem suficientemente brandos, a possibilidade de manutenção das taxas de juros em novembro pode ter nova rodada de fortalecimento, segundo analistas.
O índice DXY, que mede a variação da moeda americana ante uma cesta de pares fortes, fechou em alta de 0,01%, a 102,549 pontos. O dólar se valorizava a 148,30 ienes às 16h50 (de Brasília). O euro era negociado a US$ 1,0978, enquanto a libra era cotada em alta, a US$ 1,3100.
Para a analista do Swissquote Bank Ipek Ozkardeskaya, se a inflação não for branda o suficiente nos EUA, a possibilidade de a taxa de juros seguir estável em novembro deve crescer ainda mais, alavancando os rendimentos dos Treasuries e o dólar. A inflação continua a desacelerar lentamente, mas é improvável que os dados de setembro sejam excepcionalmente baixos, na visão da analista de câmbio do Commerzbank, Antje Praefcke. “É pouco provável que a imagem do dólar seja manchada nos próximos dias”, disse.
A sessão foi marcada ainda por queda forte dos preços do petróleo, com realização de ganhos recentes em meio à fluidez do noticiário relacionado ao conflito no Oriente Médio.
O euro seguiu sem força e com dificuldade para se beneficiar do desempenho muito acima do esperado da produção da Alemanha. Na sessão, a defesa do gradualismo na queda da taxa de juros na zona do euro marcou o tom de falas de dirigentes do BCE, como Frank Elderson e Bostjan Vasle. Já Joachim Nagel, do Bundesbank, disse estar aberto a novo alívio neste mês, segundo a Reuters.
O dólar tinha uma leve alta ante o iene, com foco em falas de membros do governo do Japão. Hoje, foi a vez de o novo ministro de Economia japonês, Ryosei Akazawa, demonstrar tolerância com possíveis novas altas de juros graduais pelo Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês).
*Com informações da Dow Jones Newswires