A produção brasileira de café em 2025 foi estimada nesta quinta-feira, 10, em 53,8 milhões de sacas de 60 kg, de acordo com levantamento mensal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que elevou a sua projeção em 1,8%.

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Apesar disso, o IBGE ainda indica um declínio de 5,8% na produção na comparação com 2024, por conta de uma safra menor de café arábica.

A safra de arábica foi estimada em 35,8 milhões de sacas de 60 kg, ajuste positivo de 2,5% em relação à previsão divulgada em março, mas ainda uma queda de 10,6% em relação ao volume produzido em 2024.

“Para a safra de 2025, aguarda-se uma bienalidade negativa, ou seja, um declínio natural da produção em função das características fisiológicas da espécie…”, afirmou o IBGE.

O arábica produz menos depois de uma safra com maior produtividade, mas produtores também citam os efeitos do clima adverso, com calor e seca, em 2024.

Previsões do governo geralmente subestimam os números de café em relação aos volumes previstos pelo mercado. Na semana passada, a consultoria StoneX apontou uma redução de 2,1% ante 2024, mas a colheita nacional é vista em 64,5 milhões de sacas, uma diferença de mais de 10 milhões de sacas ante o IBGE.

Para o café canéfora (robusta e conilon), a estimativa é de 18 milhões de sacas, acréscimo de 0,5% em relação ao mês anterior e de 5,4% em relação ao volume produzido em 2024.

No Espírito Santo, maior produtor brasileiro do conilon com 65,5% de participação, a produção deve crescer 5,6% em relação ao volume produzido em 2024.

A produção capixaba está estimada em 11,8 milhões de sacas de 60 kg.

Já Rondônia, segundo o IBGE, verá uma colheita de 3 milhões de sacas de 60 kg, crescimento de 2,8% em relação ao mês anterior e aumento de 4,2% em relação ao volume produzido em 2024.