01/07/2008 - 0:00
O ESCÂNDALO E A VENDA DA AGRENCO
A Agrenco, trading de grãos que fez uma das maiores operações de lançamento de ações do agronegócio, foi alvo de uma ação da Polícia Federal, no fim de junho. Na Operação Influenza, deflagrada em Santa Catarina, foram presos 24 executivos, incluindo o fundador da Agrenco, Antonio Iafelice. Eles foram acusados de fraudes no Porto de Itajaí (SC) e também de irregularidades no balanço, com vendas fictícias de soja. Diante do escândalo, as ações da empresa desabaram – lançadas a mais de R$ 12, elas valiam R$ 1,20 apenas após a ação da PF. Essa derrocada da companhia fez com que a empresa aceitasse uma oferta de compra do grupo Louis Dreyfus, apresentada no dia 25 de junho. Desembolsando US$ 33,5 milhões, os franceses se tornaram os maiores acionistas da Agrenco, comprando as ações que pertenciam a Antonio Iafelice e outros sócios.
MONSANTO
Novo presidente é brasileiro
A Monsanto do Brasil terá novo presidente. O curitibano André Dias, 40 anos, assume neste mês o fronte da subsidiária brasileira. Formado em engenharia pelo ITA e pós-graduado na FGV, Dias é funcionário de carreira da multinacional. Ingressou na empresa em 1991 e foi galgando cargos. Em 2004, foi transferido para a sede e atuou como líder de estratégia e marketing da área internacional. Nos últimos anos, estava liderando o Sudeste Asiático. Ele entra no lugar do espanhol Alfonso Alba, que vai assumir a Monsanto no sul da Europa.
TRANSGÊNICOS
CTNBio aprova vacina
A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) autorizou a vacina geneticamente modificada contra a circovirose suína, produzida pela multinacional alemã Boehringer Ingelheim. O vírus causa infecções agudas em leitões na fase de crescimento, conseqüentemente acarreta redução de peso. O processo entrou em trâmite na comissão em setembro do ano passado.
ALGODÃO
Oeste baiano rumo à liderança
Em breve, o oeste baiano deve se tornar o maior produtor de algodão do Brasil. A Bahia, que há dez anos produzia apenas 13 mil toneladas, nesta safra deve colher 480 mil toneladas. Já o Mato Grosso, primeiro lugar no ranking, está diminuindo a área plantada e o número de cotonicultores. Segundo consultores, o motivo é o fato de o custo de produção lá ser mais alto.