O dólar renovou máxima a R$ 5,360 (+1,89%) no mercado à vista, reagindo ao fator Queiroz e à cautela reforçada nos mercados internacionais após os Estados Unidos informarem que os pedidos de auxílio-desemprego no país caíram a 1,508 milhões, menos do que a previsão, que era de queda a 1,3 milhões. Jefferson Laatus, do Grupo Laatus, diz que o dólar amplia a alta reagindo à prisão de Fabrício Queiroz, o que bate na veia na família Bolsonaro e reacende o temor de que a investigação leve à prisão do filho do presidente, o senador Flávio Bolsonaro. “O incomodo é tanto que Bolsonaro nem parou para falar com apoiadores no cercadinho do Palácio da Alvorada nesta manhã”, afirma Laatus.

Para ele, se não fosse o fator Queiroz, o dólar poderia passar por alguma realização, após acumular alta de 8% nas últimas oito sessões. Mas com os pedidos de auxílio desemprego nos EUA piores que as projeções, o dólar se fortaleceu no exterior e ajuda a puxar ainda mais a desvalorização do real. O dólar futuro para julho teve máxima a R$ 5,3630 (+2,50%).