26/06/2020 - 17:24
Os contratos futuros de petróleo fecharam em queda, nesta sexta-feira, 26, com o avanço do número de casos de coronavírus nos EUA. Os participantes do mercado temem que a segunda onda de infecções possa bloquear a recuperação econômica e o retorno da demanda, com a volta de novas políticas de isolamento social e fechamento dos negócios.
O barril do petróleo WTI para agosto fechou em queda de 0,59%, a US$ 38,49 na New York Mercantile Exchange (Nymex),com queda de 3,36% na comparação semanal. O Brent para setembro recuou 0,46%, a US$ 40,93 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE), com queda semanal de 2,98%.
Os preços da commodity energética aceleraram queda após o Texas anunciar novas restrições para conter o avanço do novo coronavírus, como o fechamento de bares. Além disso, a leitura vacilante do índice de sentimento do consumidor americano também não ajudou a melhorar o humor dos participantes do mercado, voltados para a fraqueza da demanda.
Mais cedo, os contratos futuros de petróleo ensaiaram leve melhora ainda de manhã (horário de Brasília) após os EUA informarem queda de 4,2% na renda pessoal no país na passagem de abril para maio, ante previsão de recuo maior, de 7%. Mas preocupações com excesso desequilíbrio entre produção em excesso e fraca demanda, pesaram mais.
A Capital Economics afirma que a “ligeira deterioração no sentimento dos investidores” parece estar relacionada, além das infecções nos EUA, “ao aumento semanal nos estoques comerciais de petróleo do país”.
“Suspeitamos que grande parte do aumento renovado da demanda implícita de gasolina nos EUA se deva a mudanças comportamentais temporárias relacionadas ao vírus, e que levará um tempo até que a demanda se recupere totalmente aos níveis anteriores ao vírus”, afirma a consultoria.
Hoje, a Baker Hughes, companhia que presta serviços no setor, informou que número de poços e plataformas de petróleo em atividade nos EUA caiu 1 na última semana, para 188.