12/08/2020 - 9:33
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta, 12, a segunda fase da Operação Olossá, para desarticular uma organização criminosa especializada no tráfico internacional de entorpecentes por meio de aviões, especialmente para Europa e Ásia. Segundo a corporação, o grupo utilizava “mulas” para transportar entorpecentes escondidos em bagagens.
Agentes cumprem 12 mandados de prisão e 10 mandados de busca e apreensão, nos Estados da Bahia (Salvador, Lauro de Freitas e Conceição do Coité), Sergipe, Maranhão, Pará, São Paulo e Santa Catarina.
Entre os mandados de prisão, três estão sendo cumpridos no exterior, com o auxílio da Interpol – dois na Espanha e um na Tailândia.
Segundo a PF, a investigação teve início em maio de 2019, a partir do aprofundamento de informações recebidas pelo serviço de Disque Denúncia da Secretária de Segurança Pública da Bahia.
Na ocasião, foi apurado que o proprietário de uma barraca de praia em Lauro de Freitas usava o estabelecimento para aliciar as “mulas”, sendo ele o principal integrante da organização criminosa nessa função. Era ele, também, quem providenciava as passagens, documentos e dinheiro para o custeio da viagem, diz a PF.
A corporação informou que durante as investigações dez pessoas foram presas em flagrante, quando tentavam embarcar para o exterior com cocaína escondida em suas bagagens em aeroportos da Bahia, de São Paulo, de Pernambuco, do Ceará e do Paraná.
Além delas, outras três pessoas foram presas quando efetuavam a entrega de malas já preparadas, com a droga escondida, para as “mulas”, indicou a Polícia Federal.
A primeira etapa da investigação foi aberta em março deste ano, quando foram cumpridos quatro mandados de busca e cinco mandados de prisão nas cidades de Salvador e Ipiaú, na Bahia, e Ananindeua, no Pará.
A partir da análise do material apreendido na ofensiva, os investigadores conseguiram identificar o líder e os integrantes do primeiro escalão da organização criminosa, inclusive de pessoas que iniciaram como “mulas” e assumiram outros postos no esquema criminoso, mudando-se para o exterior para recepcionar os viajantes que chegavam do Brasil transportando a droga.
De acordo com a Polícia Federal, os investigados irão responder pelos crimes de organização criminosa, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.