13/08/2020 - 8:37
O Indicador de Incerteza da Economia Brasileira (IIE-Br) caiu 2,2 pontos na passagem de julho para agosto, segundo a prévia do indicador deste mês divulgada em edição extraordinária pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Se confirmado, o índice descerá a 161,7 pontos, devolvendo em quatro meses de quedas apenas 51% da alta de 95,4 pontos observada nos meses de março e abril.
“O tímido recuo na prévia de agosto corrobora a tendência de desaceleração do ritmo de queda do Indicador de Incerteza. O componente de expectativas continua, pelo quinto mês, acima de 200 pontos, refletindo as imensas dificuldades de se prever cenários para o futuro. Pelo andar da carruagem, a não ser que boas notícias no front da saúde, da economia e no campo político ocorram, o indicador deverá se manter em patamares muito elevados até pelo menos o final desde ano”, avaliou Anna Carolina Gouveia, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
O IIE-Br é composto por dois componentes: o IIE-Br Mídia, que faz o mapeamento nos principais jornais da frequência de notícias com menção à incerteza; e o IIE-Br Expectativa, que é construído a partir das dispersões das previsões para a taxa de câmbio e para o IPCA.
Na prévia de agosto, o componente de Mídia recuou 1,3 ponto, para 142,8 pontos. O componente de Expectativas diminuiu 3,7 pontos, para 212,2 pontos.
Apesar da melhora dos últimos meses, os dois componentes permanecem em patamares extremamente elevados, com destaque para o de expectativas, que devolveu somente 16% das altas ocorridas entre março e maio, ressaltou a FGV.
A prévia do Indicador de Incerteza da Economia Brasileira coletou dados de 30 dias terminados em 9 de agosto. O resultado fechado do mês será divulgado no próximo dia 28.