Rio, 10 – A produção nacional de feijão em 2020, em suas três safras, ficará em 3,0 milhões de toneladas, uma queda de 2,9% em relação à registrada em 2019, conforme o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de agosto, divulgado nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A estimativa ficou 1,2% acima da feita no LSPA de julho.

Segundo o IBGE, os maiores produtores do País, somadas as três safras, são Paraná, com 20,0% de participação na produção nacional, Minas Gerais, com 19,8%, Goiás, com 10,9%, e Bahia, com 10,8%. Apesar das quedas na produção e na área colhida (-4,3%), houve aumento de 1,5% na estimativa do rendimento médio, informou o IBGE.

A primeira safra de feijão foi estimada em 1,3 milhão de toneladas, declínio de 1,4% frente à estimativa de julho (menos 18,7 mil toneladas). Segundo o IBGE, os destaques negativos couberam à Paraíba, com uma redução de 12,4% na produção e ao Ceará (-8,5%) e Pernambuco (-8,4%). A 1ª safra do produto participa com 44,5% da produção total de feijão em grão. Em relação a 2019, houve alta de 2,3% na produção.

A 2ª safra de feijão, que representa 34,8% do total da produção, foi estimada em 1,0 milhão de toneladas no LSPA de agosto, redução de 0,6% frente à estimativa de julho. Paraíba (-34,3%) e Alagoas (-36,3%) tiveram as maiores quedas e o Paraná teve alta (3,6%). Já quanto à variação anual, a produção deve ter queda de 12,1%, informou o IBGE.

Com relação à 3ª safra de feijão, a estimativa de produção foi de 611,6 mil toneladas, aumento de 10,8% frente ao previsto no LSPA de julho. O IBGE destacou as revisões, de um mês para o outro, na produção de Minas Gerais (mais 28,3%) e do Distrito Federal (91,0%). Já em relação a 2019, a estimativa da produção aumentou 3,9%.