18/09/2020 - 7:22
A consultora de atendimento Herminia de Sá, de 28 anos, fraturou a perna durante um churrasco com os amigos no começo de março, antes de a quarentena ser decretada. A perícia dela, no entanto, foi marcada para o fim daquele mês, quando o lockdown já estava instaurado no Estado do Rio de Janeiro. Desde então, ela tem feito todas as solicitações pela internet – desde o pedido do auxílio-doença até a suspensão dos pagamentos.
Ela recebeu efetivamente somente duas das seis parcelas que teria direito do benefício e retornou ontem ao trabalho, ainda em regime de home office, após passar por uma perícia particular paga pela empresa onde trabalha.
“Pedi alta médica porque não tinha mais condições de depender do INSS, mas a perna ainda não está totalmente recuperada. Fiquei o mês de setembro inteiro sem salário, auxílio nem atestado. Estou parada desde março. Nesses meses, pedi ajuda da minha mãe, que é com quem eu moro. Mas ela, que é cuidadora de idosos, está cumprindo o aviso prévio”, contou Herminia, que mora em Nova Iguaçu e trabalha no centro do Rio de Janeiro.
“Fui a um médico pedir a liberação (para trabalhar), mas não tinha o que fazer porque o INSS não ia liberar o retorno de forma nenhuma sem a perícia. Pedi ajuda para o meu chefe, ‘pelo amor de Deus’. Ele, então, foi falar com a empresa, que me encaminhou para uma clínica de medicina do trabalho terceirizada. Consegui um laudo lá e, junto com o laudo do outro médico, fui liberada.”
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.