09/10/2020 - 10:43
O Barômetro Global Antecedente divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), que emite um sinal cíclico cerca de seis meses à frente dos desenvolvimentos econômicos reais, caiu pela primeira vez após quatro meses seguidos de alta, indicando enfraquecimento do otimismo após avançar mais de 70 pontos nos quatro meses anteriores.
“Enquanto alguns países ainda atravessam patamares elevados de contágio da pandemia, outros passaram a experimentar uma nova onda de casos. A resultante retomada de medidas de distanciamento social expõe um grau ainda mais elevado de incerteza, afetando particularmente o setor de comércio e serviços”, explicou a FGV em nota.
Segundo a FGV, o Barômetro Global Antecedente caiu 6,5 pontos no mês, ao passar de 115,2 pontos para 108,7 pontos. Já o Barômetro Global Coincidente, uma espécie de fotografia do momento atual, revelou mais uma vez alta, porém bem menos intensa do que nos meses anteriores, ao evoluir 0,8 ponto em outubro, passando de 84,9 pontos para 85,7 pontos.
“O avanço discreto do Barômetro Coincidente foi composto por uma influência negativa da região da Ásia & Pacífico e África, e contribuições das regiões da Europa e Hemisfério Ocidental. O Barômetro Antecedente recuou nas três regiões pesquisadas, com a Ásia & Pacífico e África liderando o movimento”, disse a FGV em nota.
Os dois indicadores são produzidos pelo Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV) em colaboração com o Instituto Econômico Suíço KOF da ETH Zurique.
“A calibragem dos indicadores sugere que após uma forte aceleração no início da fase de retomada, o ritmo de crescimento econômico mundial deve se reduzir nos próximos meses”, afirmou a FGV.