05/11/2020 - 15:41
Escolas da rede estadual de São Paulo ainda não tiveram registro de casos de transmissão do coronavírus nas salas de aula desde a reabertura das unidades, que começou em 8 de setembro. De acordo com o governo do Estado, até esta quinta-feira, 5, apenas 16 alunos foram diagnosticados com a covid-19, mas os casos não teriam acontecido no ambiente escolar, teriam sido “isolados” e não houve necessidade de intervenção nas unidades.
“Os casos têm sido monitorados, assim como temos feito o acompanhamento de contactantes, para entender se a transmissão existe e em que ambiente. Não há de transmissão dentro da escola. Os casos foram de dentro de casa ou de algum outro ambiente”, afirmou Rossieli Soares, secretário estadual da Educação.
O governo do Estado autorizou a retomada opcional nas escolas em setembro, com atividades extras e em cidades que estavam havia mais de 28 dias na fase amarela, mas a decisão sempre coube aos prefeitos. Depois, em outubro, Doria autorizou a volta na rede estadual para ensino médio e fundamental. Mas, na capital paulista, por exemplo, o prefeito Bruno Covas (PSDB) só autorizou a volta às aulas no ensino médio no dia 3 de novembro.
Durante a coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes, Soares também anunciou que o ano letivo em 2021 terá início até a primeira semana de fevereiro e que as férias de janeiro estão mantidas. Mas que, neste período de recesso, serão oferecidas atividades de apoio para auxiliar os alunos, com foco em estudantes do 3º ano do ensino médio.
Escola em tempo integral
O governador João Doria (PSDB) anunciou que, a partir de fevereiro, o Estado terá 400 novas escolas oferecendo ensino de tempo integral, atendendo mais de 500 mil alunos. Antes, São Paulo contava com apenas 364 unidades nessa modalidade.
“Quando a mudança for implementada, teremos o maior número de estudantes em ensino integral do País”, anunciou o governador. De acordo com Rossieli Soares, o objetivo é que, nos próximos três anos, até metade de todos os alunos do Estado estejam matriculados em escolas que ofereçam ensino integral.
Os alunos do 6º ao 9º ano do ensino fundamental e do ensino médio da rede pública serão os principais beneficiados com esse plano, que a partir do próximo ano passa a atingir 82 municípios. “Nossa prioridade é transformar escolas maiores e atender o maior número de estudantes no Estado”, afirmou Soares.