15/11/2020 - 14:38
Atrás nas pesquisas de intenção de voto, a candidata Joice Hasselmann (PSL) afirmou não acreditar em nenhum outro projeto para a Prefeitura de São Paulo e evitou declarar apoio em um possível segundo turno: “Tem de esperar para ver se a gente vai para o ruim, o pior ou se bate em todo mundo”.
Sem a presença do senador Major Olimpio (PSL), inicialmente previsto para acompanhá-la, Joice votou no início da tarde deste domingo, 15, no Colégio Maria Imaculada, no Paraíso, zona sul da capital. Ela minimizou a ausência do correligionário e justificou que ele não pôde comparecer após a candidata alterar o horário de votação de 10h para 12h30.
Com a campanha marcada por esbanjar memes, Joice entrou no colégio já gravando uma live para os seguidores nas redes sociais. A câmera a acompanhou da porta à urna e da urna à porta, período em que a candidata parou para atender e tirar foto com pelo menos cinco eleitores – uma delas em uma rampa de acesso. “Está atrapalhando a passagem”, reclamou um presente.
Na transmissão, Joice evitou jogar a toalha, embora apareça na sétima colocação com 3% das intenções de voto, levando em consideração os votos válidos, segundo a última pesquisa do Ibope. “Eu sou uma mulher de coragem, não desisto nunca. E vamos mudar São Paulo”, disse à câmera.
Questionada sobre as perspectivas eleitorais em seguida, Joice disse acreditar na “pesquisa das urnas”, mas disse que a campanha já seria de “vitórias”. “Minha candidatura é de reposicionamento do partido. Nós deixamos claro que o PSL é um partido liberal, de direita, que respeita as diferenças. E não um partido de malucos”, afirmou.
Eleita deputada federal em 2018 na esteira do bolsonarismo, ela rompeu depois com o presidente Jair Bolsonaro e os filhos: “Tive de vencer o clã para ser candidata”. “Só de conseguir a legenda é vitória. Conseguir reposicionar o partido? Vitória. Enfrentar e vencer o Palácio do Planalto? Vitória.”
Joice também voltou a criticar o prefeito Bruno Covas (PSDB), favorito nas pesquisas e de quem chegou a ser cotada para a vice-candidatura antes da eleição. “Pessoalmente, eu gosto do Bruno. É um bom menino. Mas ele não deu conta do recado com a despensa cheia, o orçamento completo”, afirmou. “O projeto não é bom para São Paulo.”
Para um eventual segundo turno, provavelmente sem sua presença, Joice evitou antecipar apoio. “Vamos esperar, é cedo para falar, mas o quadro é de tragédia. Quando olho os candidatos que se colocam na briga ou que as pesquisas dizem que estão melhor pontuados, é uma tragédia”, disse.