Impasse no algodão

Os cotonicultores brasileiros cobram do governo federal uma retaliação aos Estados Unidos, por causa da nova lei agrícola aprovada, no início do mês passado, em Washington. A Farm Bill deve provocar desequilíbrios nos preços de mercado e na produção de algodão. De acordo com a Abrapa, que representa os produtores nacionais da fibra, as novas regras americanas poderão provocar uma distorção nos preços do algodão de até 6,5%. Além disso, o mecanismo de seguro oferecido pelo governo americano, o Stax, garante até 90% da receita esperada por seus agricultores. O programa prevê, ainda, que Washington subsidie ao produtor até 80% do prêmio do seguro.

Consecitrus

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, no mês passado, a formação do Conselho dos Produtores de Laranja e da Indústria de Suco de Laranja (Consecitrus), mas impôs restrições. Entre elas, a definição da representatividade dos participantes, a criação de uma estrutura formal, a reestruturação do estatuto, bem como a implantação dividida em fases, com avaliação posterior de cada uma pelo órgão antitruste.

Ceagro de cara nova

Com a venda de 80% de seu controle à japonesa Mitsubishi Corporation, em junho do ano passado, a Los Grobo Ceagro do Brasil, uma das grandes companhias do agronegócio brasileiro, passou a se chamar Agrex do Brasil, no fim de janeiro. A empresa, que oferece soluções integradas para produtores de grãos, quer se tornar uma importante plataforma mundial de negociação de commodities.

A matriz ficou na poeira

No ano passado, o desempenho da filial brasileira da DuPont, do CEO Ricardo Vellutini, causou inveja à matriz americana: as operações no País faturaram US$ 2,6 bilhões, 11% acima do obtido em 2012. Enquanto isso, as vendas globais, de US$ 36 bilhões, representaram um modesto crescimento de 2%.O resultado no Brasil foi turbinado pelas divisões ligadas ao agronegócio, como as de sementes, defensivos e ingredientes alimentares, cujo faturamento conjunto aumentou 20%.

Cautela

O novo Índice de Confiança do Agronegócio (IC Agro), da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) revela que o otimismo no campo, dos últimos anos, cedeu lugar à cautela. As incertezas que ainda atravancam a economia global e a tendência de acomodação das cotações das commodities em patamares mais baixos esfriaram os ânimos dos produtores brasileiros.

Nestlé no México

A suíça Nestlé vai desembolsar US$ 1 bilhão na construção de duas novas fábricas no México. O grupo pretende construir, em cinco anos, uma unidade de nutrição infantil em Ocotlán, no Estado de Jalisco, e outra de alimentação para pets na cidade de Silao, em Guanajuato. Os investimentos permitirão, ainda, expandir as operações de cereais na unidade de Lagos de Moreno, também em Jalisco. O país é o sexto maior mercado para a companhia suíça.