09/03/2017 - 16:32
SUÍNOS
Grande investimento
A cooperativa paranaense Frimesa, de Francisco Beltrão (PR), anunciou um investimento de R$ 2,5 bilhões até 2030, em toda a cadeia produtiva de suínos. Entre eles está a construção de um dos maiores frigoríficos de suínos do País, em Assis Chateaubriand (PR), a 350 quilômetros da sede, com capacidade para abater 20 mil leilões por dia. O custo da unidade está estimado em R$ 800 milhões e a primeira etapa estará concluída em 2018. Em 2016, a Frimesa processou cerca de 375 mil toneladas de suínos. A receita, ainda não fechada, deve chegar a R$ 2,5 bilhões, 13% acima do que em 2015.
Cana-de-Açúcar
Tereos vai às compras
O negócio foi fechado por US$ 202 milhões em dezembro e a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica foi feita em janeiro. A Usina Guarani, produtora de cana-de-açúcar, agora pertence somente à multinacional francesa Tereos. Antes da compra, 45,9% das ações pertenciam à Petrobras Biocombustível. Na safra 2015/2016, a Guarani faturou R$ 10,2 bilhões. O faturamento global da Tereos, presente em dez países, foi de € 4,2 bilhões na safra passada.
CARNE
Transferência de ações
O empresário Marcos Antonio Molina dos Santos e sua esposa Márcia Marçal, permanecem como os maiores acionistas do Grupo Marfrig, com 40,2% das ações. Mas, para se manterem no posto, Molina e Marçal transferiram suas ações para a MMS Participações, empresa de investimentos da família de Molina com participação no Marfrig. Isso porque as debêntures pertencentes ao BNDESPar foram transformadas em ações e no dia 25 de janeiro o banco passou a ter uma fatia de 33%. O Marfrig é um dos maiores do País em proteína animal, tem uma receita de R$ 19 bilhões e Molina, como o principal acionista, sempre esteve à frente da empresa.
CAFÉ
Especiais em alta
As empresas que integram o “Brazil – The Coffee Nation”, projeto de divulgação no exterior de cafés especiais, geraram uma receita de US$ 1,57 bilhão em 2016, valor 152,4% acima do ano anterior. De acordo com a Associação Brasileira de Cafés Especiais, que divulgou o dado no mês passado, o número de empresas que exportaram também cresceu, passou de 41 para 55. Os principais compradores foram os Estados Unidos, a Alemanha, a Bélgica, o Japão e a Itália.
ENZIMAS
Crescimento em 2016
A divisão de agricultura e alimentos da multinacional dinamarquesa Novozymes, que inclui a divisão de enzimas industriais, faturou US$ 317,6 milhões em 2016, valor 4% acima do registrado no ano anterior. O setor de enzimas representa 16% dos negócios da companhia, que fechou o ano com US$ 2 bilhões. No Brasil, a Novozymes, com sede em Curitiba (PR), é uma das principais fornecedoras para as indústrias de cana-de-açúcar.
PROPÓSITO
MÁQUINAS
Crescimento à vista
A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), prevê a venda de 49,5 mil unidades de máquinas agrícolas e rodoviárias neste ano, um aumento de 13% em relação a 2016, quando foram vendidas 42,8 mil unidades. Os números foram apresentados no mês passado por Ana Helena de Andrade, vice-presidente da entidade. A expectativa de aumento na produção e a disponibilidade de recursos para financiar a aquisição de novos equipamentos são os principais motivos do otimismo da entidade.
Análise do Mês
Clima afeta produção asiática
Após reduzir o número de usinas operando na Índia em dezembro de 2016, o clima, mais uma vez, pode impactar a moagem de cana em outras regiões da Ásia. Na Tailândia, a moagem diária atingiu novo recorde em 8 de janeiro com 1.094.116 toneladas, o que reacendeu a expectativa de que as usinas estariam no caminho de recuperar o atraso da safra. Contudo, desde então, o processamento voltou a perder ritmo por causa das fortes chuvas no sul tailandês, acumulando queda de 35% ante o mesmo período de 2015.
Em dezembro, a Datagro revisou para baixo a estimativa de produção de açúcar na Tailândia para a safra 2016/17, de 9,4 milhões de toneladas para 9,15 milhões.Por outro lado, a soma de bons preços no mercado mundial e a chuva abundante tem levado os agricultores locais a expandir os canaviais em detrimento de áreas antes com arroz.
Na Índia, as perspectivas são de uma safra menor do que a anterior, por conta do déficit hídrico. Enquanto isso, a demanda da China continua fraca, o que alimenta a percepção de enfraquecimento do mercado físico no curto prazo.Assim, em função da intensidade que esses fundamentos atinjam, a Ásia volta a ser novamente uma geografia crucial para o mercado mundial nesta safra.