24/04/2013 - 13:17
Poucos setores do a gronegócio tiveram tanto impacto do avanço tecnológico quanto a área de proteção ao cultivo. Do começo da pesquisa até a comercialização de um novo produto, o investimento é de cerca de 250 milhões de euros. O surgimento de novas moléculas, mais potentes e com menos toxicidade, assim como de máquinas mais precisas e eficientes na aplicação de produtos, tem provocado uma verdadeira revolução no campo brasileiro e contribuído para o aumento da produtividade e da sustentabilidade da agricultura do País. A seguir, veja exemplos de inovações que algumas das principais empresas de defensivos e de máquinas estão levando aos campos.
BASF
Com investimentos globais em pesquisa na casa de 400 milhões de euros, a multinacional Basf tem apostado em produtos “funcionais”, que, além de protegerem contra pragas e doenças, atuam na estrutura da planta. “Temos um fungicida para soja, que também atua reduzindo a respiração da planta. Com isso, ela absorve mais carboidrato e consegue obter mais energia, o que influencia em seu rendimento”, revela o diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Basf, Leandro Martins.
DuPont
Guarde essa palavra: Rynaxypyr. Esse é o complicado e quase impronunciável nome de uma molécula de última geração que promete dar um novo salto na relação entre agroquímicos e sustentabilidade. Recém-descoberta pela empresa americana DuPont, ela tem como principais características a alta potência e a baixa toxicidade. “Há produtos, gerados a partir dessa molécula, em que uma dose de 2 ou 3 gramas é suficiente para controlar uma praga ou doença numa área de um hectare”, ressalta o vice-presidente da DuPont Brasil Produtos Agrícolas, Mário Tenerelli.
FMC
De olho nos perigos da ferrugem asiática, a empresa FMC tem investido em pesquisas focadas em tecnologias que ajudem a minimizar os riscos dessa doença. Um exemplo desse trabalho é um fungicida que atua por meio de dois mecanismos. “Sua translocação e efeito preventivo conferem à cultura da soja um eficiente controle da ferrugem asiática”, diz o gerente de produtos fungicidas, Flávio Centola.
Bayer
Uma das principais tecnologias da alemã Bayer é um fungicida cuja fórmula é à base de triazolinthiona, uma nova classe química desenvolvida pela empresa. “É um produto que combate várias doenças pontuais da soja. Um dos maiores lançamentos que já fizemos”, afirma o diretor de operações de negócios no Brasil da Bayer CropScience, Gerhard Bohne.
Jacto
A Jacto tem tocado um amplo trabalho de inovação. “Hoje, conduzimos uma aplicação de herbicida com volumes inferiores a 30 l/ha com grande eficiência. Antes trabalhava-se com 200 l/ha”, explica o gerente de produto da linha de pulverizadores da Jacto, Wanderson Tosta. Entre essas inovações, a empresa destaca o novo sistema de controle de bicos. “Esse dispositivo garante uma economia média de produto na ordem de 8%”, diz Tosta.
JohN Deere
De acordo com a especialista de produto da John Deere, Lucy Pereira, dentro do pacote tecnológico da empresa, destaca-se a suspensão pneumática e autonivelante com amortecedores e barras stabilizadoras, que, segundo ela, ajudam na precisão das aplicações. “O desafio é desenvolver soluções que reduzam os riscos toxicológicos e ambientais no uso de defensivos”, explica.
Stara
A Stara está lançando sua segunda geração do pulverizador autopropelido com um novo sistema de estabilidade de barras centrais que, segundo a empresa, diminui em 75% os impactos longitudinais. “A principal característica que se busca é atingir o alvo com qualidade. Para isso é fundamental uma ótima estabilidade nas barras”, explica o coordenador do Projeto Manejo Avançado Stara (MAS), Rafael Magni.