São Paulo, 6 – A AGCO, fabricante norte-americana de máquinas agrícolas de marcas como Valtra e Massey Ferguson, obteve lucro líquido de US$ 339 milhões, ou US$ 4,53 por ação, no quarto trimestre de 2023. O resultado representa aumento de 5,2% ante igual período de 2022, quando a companhia lucrou US$ 322,2 milhões, ou US$ 4,29 por ação. Em termos ajustados, o lucro passou de US$ 4,47 para US$ 3,78 por ação.

As vendas líquidas da companhia somaram US$ 3,801 bilhões no período, baixa de 2,5% ante o reportado em igual intervalo de 2022.

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Na América do Norte, as vendas da AGCO aumentaram 8,3% no quarto trimestre na comparação com um ano antes, para US$ 891,7 milhões. Já as vendas na América do Sul recuaram 38,9% na mesma comparação, para US$ 412 milhões.

Em relação às vendas anuais, houve recuo de 3% na América do Norte, ante o ano anterior, em virtude dos resultados mais baixas em equipamentos menores, apesar do forte crescimento de tratores de alta potência e colheitadeiras, disse a AGCO.

Já na América do Sul, as vendas de tratores diminuíram 8% em 2023, com a demanda no varejo brasileiro negativamente afetada por falta de financiamento no programa de empréstimos subsidiados pelo governo.

Na Europa/Oriente Médio, as vendas somaram US$ 2,259 bilhões, aumento de 3,3% ante o quarto trimestre de 2022. Na região Ásia/Pacífico/África, houve avanço de 11,3%, para US$ 238 milhões no período.

Durante 2023, as vendas na Europa Ocidental recuaram 4%, com o sentimento do agricultor afetado negativamente pelo conflito na Ucrânia e pela inflação mais alta nos custos de insumo, disse a companhia.

Em relação ao acumulado do ano de 2023, a AGCO reportou lucro líquido de US$ 1,171 bilhão, ou US$ 15,63 por ação, ante os US$ 874,7 milhões reportados em 2022 (US$ 11,87 por ação).

O lucro líquido ajustado ficou em US$ 15,55 por ação, em comparação com US$ 12,42 por ação no ano anterior. A receita subiu 13,9% em igual intervalo, para US$ 14,41 bilhões.

Para 2024, a companhia espera vendas líquidas de US$ 13,6 bilhões e lucro de US$ 13,15 por ação. A fabricante de máquinas espera que isso ocorra com os volumes de vendas mais baixos, preços modestamente positivos, assim como a valorização de moedas estrangeiras.

“As margens operacionais projetadas são de aproximadamente 11%, refletindo o efeito das vendas mais baixas, menores volumes de produção e investimentos relativamente estáveis em engenharia e outras iniciativas tecnológicas para apoiar as estratégias de agricultura de precisão e digitais da AGCO”, disse a companhia em nota.