Os produtos da agricultura familiar brasileira ganharam mais uma vez o mercado internacional.  Na última edição da BioFach,  feira referência em orgânicos, o volume de negócios realizados chegou a U$ 4,9 milhões (mais de R$ 15 milhões), quase o dobro do que foi comercializado na edição de 2014, que foi de US$ 2,5 milhões.

Segundo o secretário de Agricultura Familiar, do Ministério do Desenvolvimento Agrário (SAF/MDA), Onaur Ruano, a participação brasileira no evento alemão promove a produção familiar, enquanto abre mercados em outras nações. “A feira é um espaço de visibilidade, onde o público pode conhecer e atestar a qualidade dos nossos produtos. Temos ainda o reconhecimento da imagem da nossa agricultura familiar, tanto fora como dentro do nosso país, como dinâmica, moderna e preocupada com o meio ambiente”, ressalta.

Essas características foram uma das responsáveis para a participação exitosa na BioFach 2015.  “A cada edição do evento vemos o crescimento da participação brasileira. A última edição foi bastante significativa, os empreendimentos fizeram negócios na própria feira e, ainda, têm a expectativa de negócios que se desenrolam na volta deles para o Brasil, já que os interessados trocam contatos com as cooperativas participantes”, explica Ruano.

Entre os incentivos à participação brasileira, estava o espaço conquistado no Fórum de Expositores. Lá, foram apresentadas as políticas públicas voltadas para o incentivo do manejo sustentável da terra, entre elas, o Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica – Brasil Agroecológico, lançado em 2013 pelo Governo Federal. Em cada um dos três dias, uma cooperativa brasileira expôs a história do grupo e explicou como os incentivos nacionais favoreceram o fortalecimento do empreendimento.

As dez cooperativas apoiadas fizeram 267 contatos comerciais, oriundos de mais de 20 países ao longo da BioFach.

 

Sucesso no exterior

Entre os empreendimentos está a Central de Cooperativas Apícolas do Semiárido Brasileiro, a Casa Apis, que participou pela quarta vez do evento. Para o gerente de comercialização do grupo, Wellignton Dantas, a feira é uma porta de entrada para o mel produzido no Piauí.

“Estamos com 85% da nossa produção no mercado exterior. A cada edição do evento vamos abrindo mais uma porta e o nosso interesse é de agregar mais valor ao nosso produto. Em 2014, faturamos R$ 6,5 milhões e a expectativa é de fechar 2015, com R$ 9 milhões, com tudo o que foi negociado na feira”, explica. Os Estados Unidos e a Alemanha foram alguns dos países interessados no mel orgânico produzido por 850 famílias da Casa Apis. Fonte: Ascom