30/04/2021 - 17:56
São Paulo, 30 – O diretor de Crédito e Informação da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Wilson Vaz de Araújo, disse que as medidas aprovadas na quinta-feira pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para o setor de milho são uma resposta à forte demanda mundial por alimentos e à desvalorização do real, que estimulam a exportação brasileira de grãos. “Reduziu a disponibilidade local de produtos básicos e insumos para ração animal”, disse em nota.
Conforme a pasta, as propostas, que incluem a oferta de mais crédito e mecanismos de apoio à comercialização para apoiar os agricultores no incremento da produção do milho e também do sorgo, foram encaminhadas pelo Ministério da Agricultura.
O CMN decidiu aumentar o limite de financiamento de custeio, a partir de 1º de julho deste ano, de R$ 3 milhões para R$ 4 milhões por produtor, para a produção de milho e de sorgo. Também a partir de 1º de julho, os médios produtores rurais poderão ter acesso ao custeio para plantio dos dois cereais, no limite de R$ 1,75 milhão.
Antes o teto era de R$ 1,5 milhão. Outra medida permite, excepcionalmente, no âmbito da fonte de recursos obrigatórios, o financiamento de Financiamento para Garantia de Preços ao Produtor (FGPP) para a aquisição de milho e de sorgo, limitado a R$ 65 milhões por beneficiário, admitindo o preço de mercado como referência ao invés do preço mínimo.
A instituição financeira é obrigada a direcionar recursos de 27,5% da sua movimentação para aplicar em operações de crédito rural.
Também na quinta, o CMN aprovou a distribuição dos recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) para safra 2021/2022, no valor de R$ 5,9 bilhões.
“No direcionamento dos valores apreciados pelo Conselho, foi estabelecido o aumento de 21,86% para a linha de Financiamento para Aquisição de Café (FAC), passando de R$ 1,1 bilhão para R$ 1,354 bilhão. Foram mantidos os valores do ano anterior para as demais linhas de crédito, ou seja, R$ 1,6 bilhão para operações de Custeio; R$ 2,2 bilhões para Comercialização, R$ 630,5 milhões para Capital de Giro e R$ 160 milhões para recuperação de cafezais danificados”, disse a pasta.
O Ministério acrescentou que a isonomia das taxas de juros para as finalidades de crédito com recursos do fundo deverá ser tratada na próxima reunião do CMN.