São Paulo, 2 – Três operações de apreensão de agrotóxicos falsificados e contrabandeados foram realizadas nesta semana nos Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e São Paulo. As ações tiveram por objetivo coibir o contrabando e a comercialização de produtos irregulares no Brasil, informa em comunicado o Ministério da Agricultura e Pecuária, que participou da ação com a Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Polícia Civil de São Paulo.

Conforme o comunicado, no Estado de Mato Grosso, a ação com a PRF apreendeu 8 toneladas de agrotóxicos de origem chinesa, sem nota fiscal, em um caminhão na BR-163, em Rondonópolis. O condutor do veículo foi preso e deve responder por contrabando.

Já em Mato Grosso do Sul, o ministério atuou com a PF em operação deflagrada para o cumprimento de mandados de busca e apreensão, após investigações de carga apreendida anteriormente com agrotóxicos com rótulos falsificados. Nas buscas, foram apreendidos, dentre outros materiais, galões de substância química para análise pericial.

ConocoPhillips tem alta no lucro para US$ 3,25 bilhões no 4º trimestre de 2022

Em São Paulo a ação com a Polícia Civil e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) ocorreu em Americana. No local foram apreendidos 75 toneladas de agrotóxicos contrabandeados em embalagens com rótulos modificados e que seriam transportados para os Estados de Mato Grosso e Goiás. Entre os agrotóxicos recolhidos, havia o herbicida Paraquat, que teve seu uso proibido no Brasil em 2020 em decorrência de reavaliação toxicológica realizada pela Anvisa.

Durante a ação de fiscalização em São Paulo, auditores fiscais federais agropecuários auxiliaram os trabalhos realizando a análise dos produtos suspeitos em tempo real com o equipamento NIR, Espectrômetro de Infravermelho Próximo. O aparelho portátil permite que em poucos minutos se tenha o resultado preliminar sobre as amostras de agrotóxicos. O valor aproximado dos produtos apreendidos é de R$ 43 milhões. Os infratores serão autuados e responderão administrativamente.

Por não ter registro no ministério, os agrotóxicos considerados ilegais constituem risco para agropecuária pela ausência de procedência e eficácia do produto para o controle e combate às pragas.