10/10/2016 - 15:04
Tecnologia de informação no agronegócio está deixando de ser um modismo (uma ideia) e começa a se tornar parte da realidade diária dos produtores em todo o Brasil.
A tendência de empresas trazerem ferramentas de inovação digital para a agricultura (como ocorreu em táxis, bancos, educação) já é bem conhecida. Produtores por todo o Brasil já podem experimentar ofertas sofisticadas de tecnologia combinando sensores, drones, tablets e satélites.
Estas ofertas, no entanto, tiveram uma característica predominantemente experimental. Os produtores, já habituados a fazer testes com novidades em sementes e moléculas em pequenas áreas em suas fazendas, replicaram o mesmo comportamento com a tecnologia digital.
O fato é que até pouco tempo, apesar de um grande volume de produtores terem experimentado algum tipo de tecnologia, era muito raro ver algum destes produtos realmente incorporados na rotina da fazenda. Este fenômeno, chamado de ‘barreira de adoção’, (ou ‘soft adoption’) tem sido o principal gargalo para o desenvolvimento deste setor.
Mas esta realidade está mudando: a Strider conseguiu quebrar esta barreira. A empresa traz uma oferta de tecnologia para melhorar a tomada de decisão no uso de pesticidas, através de gerenciamento operacional em campo com tablets e uso de mapas inteligentes.
Em apenas dois anos, a empresa acumulou mais de 500 fazendas que somam mais de 1 milhão de hectares por todo o Brasil, que estão indo para segunda ou terceira safra e usam o produto todos os dias em suas fazendas.
Segundo Luiz Tângari, o CEO da empresa, quebrar a barreira de adoção é o principal desafio do setor. Ainda segundo ele, na Strider, a estratégia para vencer este desafio foi:
1. Ser realmente útil, entregando informações que possam ser usadas na tomada de decisão diária.
2. Ter o impacto em produtividade e redução de custo mensurável. Produtores são pragmáticos e vão medir a relação custo/benefício na ponta do lápis.
3. Ser simples de usar e acessível. Graças ao uso universal de redes sociais e sistemas de rota em celulares, toda a equipe da fazenda já está familiarizada com telas touch. O tablet da Strider usa elementos já conhecidos destes aplicativos e consegue ser operado com o mínimo de treinamento por qualquer um da equipe de campo.
4. Garantir o sucesso do cliente através de um suporte pós-venda proativo e presença em campo. A Strider faz questão de mandar equipe própria em todas as fazendas e acompanha o uso diariamente, propondo intervenções quando o volume de utilização cai.
Com isto está sendo possível crescer o volume de clientes em 30% ao mês enquanto mais de 90% dos clientes renovam os contratos para segundo ou terceiro ano.
Agricultores satisfeitos
A satisfação dos clientes é real. De acordo com Paulo Tsuge, do Grupo Tsuge “O Strider poupa tempo e traz maior credibilidade nos relatórios apresentados para auditores e clientes.” Já Luiz Antonio Pradella da Fazenda Pradella/Miotto diz que o Strider linkou a fazenda com o consultor e a administração, conseguindo obter a informação para a tomada de decisão eficiente em tempo recorde.
Naohito Tsuge e Paulo Tsuge
Outro bom exemplo é a plataforma ‘myJohnDeere’ que permite aos produtores extraírem mapas de plantio diretamente das plantadeiras. Uma ferramenta simples e acessível, compatível com outros sistemas. No tablet ou no computador, os produtores têm acesso rápido às informações ainda durante o plantio e podem tomar ações corretivas rapidamente.
A medida que as empresas de AgTech (nome que se dá para tecnologia digital para o campo) forem se tornado capazes de quebrar a barreira de adoção, veremos mais e mais produtores incorporando tecnologias como estas. Num futuro próximo, teremos drones, satélites e sensores indo além do caráter experimental e incorporados na rotina de fazendas por todo o Brasil.
Os mais otimistas, acham que esta pode ser uma nova revolução verde, similar à que tivemos na década de setenta, com a adoção maciça de mecanização que permitiu ao Brasil se tornar referência em agricultura no mundo. Fonte: Ascom