Visando atender um consumidor cada vez mais exigente acerca da sustentabilidade dos produtos, o CEO da SLC Agrícola, Aurélio Pavinato, relata que as companhias produtoras de algodão estão fornecendo informações detalhadas sobre toda a cadeia de produção ao consumidor final.

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O protocolo foi desenvolvido junto à Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e permite a rastreabilidade de todas as etapas de produção dos produtos feitos de algodão – como camisetas, por exemplo.

O executivo da SLC Agrícola – uma das maiores produtoras de grãos do mundo, como soja, milho e algodão – conta que atualmente o Brasil é o único país do mundo que desenvolveu esse rastro para os produtos de algodão.

“É possível rastrear a roupa de algodão que chega na loja, da Renner, da Reserva, de várias redes. É possível verificar onde aquela roupa foi produzida. Onde foi produzido o fio, onde foi produzido o algodão, então é uma rastreabilidade da cadeia completa que está sendo desenvolvida no Brasil e sendo exemplo para o mundo”, comenta.

‘A ciência vai prevalecer’

O executivo ainda adiciona que vê um consumidor eventualmente mais exigente do que o que considera justo e cabível – ainda que o agronegócio brasileiro siga padrões rígidos de controle de qualidade.

“O mercado mundial está cada vez mais exigente, e o consumidor europeu dita as tendências de consumo assim como dita as tendências da moda. Obviamente a questão política acaba interferindo em algumas decisões e às vezes eles colocam regras que não são as mais científicas. Na nossa visão a ciência vai predominar”, diz.

Crescimento do agro não deve frear

Sobre a fatia expressiva do agronegócio no Produto Interno Bruto (PIB), Aurélio Pavinato diz que é um cenário que deve seguir por tempo indeterminado.

Além disso, acrescenta que o setor tem focado no ganho de eficiência e produtividade – algo que já tem se verificado nos últimos anos.

“O agro representa 25% do PIB, 25% dos empregos, e o mais importante: a tendência é que siga crescendo. Vamos continuar crescendo em área plantada porque a demanda mundial é crescente, e também vamos continuar evoluindo em produtividade. A evolução de produtividade no Brasil nos últimos 25 anos foi fantástica. Aumentamos em torno de 3% ao ano a produtividade das culturas”, diz o CEO.