08/04/2015 - 12:12
O mercado de sêmen tem apresentado crescimento a cada ano. Em março deste ano, a Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia), divulgou a evolução do segmento em 2014. Segundo ela, o mercado geral de sêmen no Brasil teve crescimento de 4,49% em 2014 ante o ano de 2013. O movimento total foi de 13.609.311 em 2014 diante de pouco mais de 13 milhões em 2013.
Já a Alta Genetics, a maior empresa de inseminação artificial no país, cresceu em 2014, 9%, ou seja, o dobro do mercado. De acordo com Heverardo Carvalho, presidente da Alta, o mercado é promissor e tem muito para crescer. “Batemos mais um recorde o ano passado, vendemos quatro milhões de doses de sêmen bovino. Este ano, no primeiro bimestre, crescemos 17% em doses vendidas e 23% em faturamento. Nossa meta para o ano é de crescer 9% em doses e 11% em faturamento. Hoje a Alta tem quase 30% de participação de mercado”.
De acordo com Carvalho, o objetivo da Alta é crescer entre 10 e 12% (por ano) nos próximos cinco anos. Mercado tem de sobra para desenvolver. Somente 10% ou 11% das mais de 90 milhões de fêmeas em idade reprodutiva no Brasil são inseminadas. “Precisamos conscientizar melhor o criador. Mas, com toda certeza, quem não adotar este sistema em sua propriedade, num futuro muito próximo, deixará de ser competitivo e estará fora do mercado”, alerta.
Para Heverardo, nosso país tem sérios problemas de gestão. “Os criadores ainda são meio desconfiados. Precisamos mostrar, de forma eficiente e com dados comprobatórios, de como a inseminação é importante para a produção de qualidade. Somos o maior exportador mundial de carne e temos um vasto mercado para crescer no segmento de leite”, frisa.
Por questões estratégicas, não são divulgados o faturamento da Alta no Brasil. “Mas em torno de 65% das vendas de sêmen são de corte e 35% de leite. Em faturamento, 40% vêm do leite e 60% do corte”, explica Heverardo. Para 2015, as expectativas são boas. “O mercado de gado de corte continuará aquecido como o de leite, mas o de corte será mais agressivo. Há um mercado muito vasto e importante para ser explorado. Espero que o Ministério da Agricultura seja mais ativo no sentido de desenvolver programas de melhoramento e não criar mais problemas”, ressalta.
De acordo com Heverardo, a pecuária é um segmento de alto nível e importantíssimo para nossa economia. “Com o uso de tecnologias corretas, podemos duplicar a produção pecuária, sem prejudicar o meio ambiente. A inseminação artificial é, sem dúvida, a principal delas, oferecendo o melhor custo / benefício. Precisamos de ações efetivas do Governo, para que o mercado tenha mais desempenho, seja sustentável e rentável para o criador e para a economia do Brasil como um todo”, comenta Heverardo. Fonte: Ascom.