Marise Barroso:

aposta em produtos com baixo consumo de água para avançar na irrigação

Há pouco mais de um mês à frente da Amanco, Marise Barroso já tem sua primeira grande missão pela frente: consolidar a entrada da empresa no segmento de irrigação no Brasil. Um plano antigo que se iniciou ainda em 2003 com a aquisição da empresa Carborundum, mas que só agora começa a tomar forma.

De olho nas boas perspectivas para o agronegócio brasileiro, a empresa lança uma unidade de negócio exclusivamente para o desenvolvimento de projetos e comercialização de equipamentos voltados para esse segmento.

Controlada pela mexicana Mexichem e com faturamento líquido de R$ 623 milhões em 2008, segue o exemplo das outras filiais da América do Sul, com os olhos voltados para o Brasil. “A Amanco, como grupo, sempre participou do negócio rural. Só que mais voltado para a venda de tubos e mangueiras.

Agora queremos intensificar nossa presença e entrar mais amplamente no mercado de irrigação”, conta Marise. A executiva, que antes de ser promovida à presidência ocupava a diretoria de marketing da companhia, garante que os planos são ambiciosos. “Hoje o agro responde por 10% dos negócios da empresa.

Tenho certeza que iremos crescer muito dentro desse segmento. Poucas áreas no País têm um potencial tão grande como o agrícola”, pondera. Para conquistar seu espaço no campo, a aposta da Amanco está em produtos que ofereçam eficiência no uso de água, com foco em equipamentos de irrigação por gotejamento, média aspersão e pivôs.

“Temos pesquisas que mostram que projetos bem implementados podem proporcionar uma redução de até 50% no consumo. Queremos levar esse conceito para o campo”, planeja. Outra estratégia é o investimento em produtos voltados para os pequenos produtores. “Desenvolvemos um kit de irrigação para até um hectare, de instalação simples e custo baixo.

Ele inclusive conta com financiamento de programas do governo”, explica Marise, que garante olhar para todos os tipos de possíveis clientes. “Hoje temos produtos para atender desde o pequeno até o grande produtor. O foco sempre vai depender um pouco das parcerias que venhamos a estabelecer nas várias regiões do País”.