Por ocasião da reunião marcada para a sexta-feira, 10, entre os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e dos Estados Unidos, Joe Biden, em Washington, a Amcham Brasil apresentou nesta quinta-feira, 10, uma agenda de fortalecimento das relações bilaterais. A avaliação é de que, com o intercâmbio comercial em seu auge histórico, o momento favorece uma aproximação ainda maior entre os países em pautas estratégicas.

Enviado a representantes de ambos os governos, o documento apresenta propostas para aprofundamento da parceria em três eixos: meio ambiente e clima, o que inclui o fomento da transição energética; cadeias produtivas; e comércio e investimentos.

Entre as possibilidades, a Amcham cita a cooperação contra o desmatamento, inclusive no Fundo Amazônia, e um plano de ações com vista à maior integração das cadeias de produção, tendo como foco setores considerados estratégicos, como semicondutores, produtos de saúde e fertilizantes. Também reitera, dentro da pauta de comércio e investimentos, a demanda por um acordo que trate da dupla tributação dos fluxos de capital e de mercadorias entre os países.

A Amcham pede ainda que Brasil e Estados Unidos avancem na remoção de barreiras não tarifárias no comércio bilateral, além da desburocratização das operações de exportação e importação.

“O momento é oportuno para uma maior aproximação entre o Brasil e os Estados Unidos. Há considerável convergência entre ambos os governos em torno das pautas sobre meio ambiente, fortalecimento produtivo e democracia, o que oferece uma plataforma para uma parceria mais ambiciosa e estratégica”, declara Abrão Neto, CEO da Amcham Brasil, que é a maior câmara americana de comércio fora dos EUA.

A troca de produtos entre os dois países bateu recorde no ano passado, quando a soma de exportações e importações alcançou US$ 88,7 bilhões.

Além de ser um parceiro estável, sustentando mais de 10% das exportações brasileiras mesmo nas crises, os Estados Unidos são os principais investidores estrangeiros no Brasil.

Segundo dados divulgados pela Amcham, o estoque de investimentos das empresas americanas no Brasil é de US$ 123,8 bilhões, o equivalente a 24% do total recebido pelo País até o momento.