Os ativos tokenizados começam a ganhar força no Brasil, com volume de R$ 82 milhões entre maio e junho, de acordo com dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). O volume ainda é muito pequeno quando comparado ao que o mercado de capitais movimenta, R$ 233 bilhões só no primeiro trimestre, mas é um segmento que deve ganhar mais espaço com o avanço da digitalização.

“É uma revolução tecnológica que estamos passando globalmente, o mundo digital”, disse o vice coordenador da Comissão de Renda Fixa da Anbima, Cristiano Cury, em conversa com jornalistas. Com o avanço da digitalização, é preciso que os setores se adaptem a essas mudanças. “A gente não sabe como vai ser no futuro, tem que ir aprendendo”, disse ao falar do futuro do mercado de capitais nesse mundo cada vez mais digitalizado.

Os dados da Anbima de ativos tokenizados incluem as debêntures e fundos de recebíveis (FIDC). A tokenização de ativos é mais uma das inovações possibilitadas pela popularização da tecnologia blockchain e pode ser explicada como a transformação de ativos “físicos” em ativos digitais. Recentemente, a Anbima publicou um documento sobre essa tendência: “Tokenização de Ativos: conceitos iniciais e experimentos em curso”.