A ANDAV – Associação Nacional dos Distribuidores de Insumo Agrícolas e Veterinários por meio de seu presidente executivo, Henrique Mazotini, acredita que a restrição de crédito corporativo nos bancos públicos e os aumentos da taxa básica de juros tem favorecido a procura da agroindústria por novos modelos de financiamento. Uma das alternativas de subsídio é a originação de certificados de recebíveis no agronegócio (CRAs), que são títulos de crédito nominativo de livre negociação no mercado, difundidos exclusivamente nas atividades agropecuárias. 

Para o vice-presidente e diretor acadêmico do Instituto Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável do Agronegócio (IBDAgro) e parceiro da ANDAV, Flavio Palagi Siqueira, a principal finalidade desta operação é ampliar o universo de investidores. “É uma nova fonte de recursos para o financiamento dos insumos utilizados na produção agropecuária e na gestão dos estoques, e dos reservatórios da produção colhida, visando melhores colocações no mercado consumidor”, diz Siqueira.

Isento de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), os CRAs possuem melhor fluxo no capital de giro do empresário rural, uma vez que os recebíveis de curto, médio e longo prazo podem ser adiantados, o que contribui no desempenho dos indicadores econômicos e financeiros das atividades contabilizadas.  “Os CRAs podem ser negociados no mercado secundário e possuem uma taxa de juro de livre negociação, não sendo aplicados obrigatoriamente nas operações de carteira de crédito rural para cumprir a exigibilidade. Além disso, esse recurso oferece transparência desde a sua originação até a sua efetiva liquidez no mercado financeiro”, afirma. Fonte: Ascom