01/01/2009 - 0:00
Caminhonetes são, sem dúvida, um dos maiores sonhos de consumo dos fazendeiros brasileiros. Potentes, robustos e cada vez mais modernos, estes veículos são ideais para o dia-a-dia no campo, seja para o trabalho pesado, seja como meio de transporte do dono da fazenda. No entanto, os altos preços cobrados pelas montadoras vinham restringindo o acesso destas picapes apenas aos produtores mais bem-sucedidos, que não se importavam em gastar mais de R$ 120 mil por cada veículo de sua frota. Mas esta história já está mudando. De olho em um público menos preocupado com o luxo e o conforto, os fabricantes vêm lançando novas versões de suas caminhonetes menos equipadas e bem mais baratas, buscando assim aumentar suas vendas nas áreas rurais.
A estratégia tem dado certo. Um bom exemplo disso é a Nissan. Pouco mais de um ano após o lançamento da nova Frontier, a montadora japonesa decidiu iniciar a produção do veículo no Brasil. Além disso, passou a oferecer uma versão mais básica, menos potente (144 cavalos ante 172 da versão mais completa) e com tração 4 x 2. O resultado disso foi um carro de R$ 83 mil, valor bem mais acessível que os R$ 120 mil cobrados pela versão completa. Dois meses após o início das vendas, a montadora já comemora os resultados, 10% acima do esperado. Com preço reduzido, a Frontier ainda entra de vez na briga contra a S10, picape mais vendida do Brasil nos últimos anos, num mercado que fecha o ano de 2008 com mais de 200 mil veículos vendidos.
Na onda da concorrente, a Toyota também apresentou a Hilux 2009 com preços mais atrativos. O modelo, que passou por pequenas mudanças estéticas, tem como principal novidade a versão SR, uma cabine dupla com motor a gasolina 2.7 16V de 158 cavalos e tração 4 x 2. O preço também é interessante: a partir de R$ 80 mil. Segundo a Toyota, a caçamba da nova Hilux também está maior e com mais capacidade de carga. Com isso, a montadora espera recuperar o mercado que um dia já foi dominado pelo Toyota Bandeirante.
Outra que aposta em preços mais em conta para ganhar terreno é a Ford Ranger. Lançada para competir com as picapes pequenas, a Ranger Sport parte dos R$ 50 mil e é uma boa opção tanto para a cidade quanto para o campo. Desde que o trabalho não seja muito pesado. Com motor Duratec a gasolina 2.3 de 150 cavalos, tem um bom torque (22,1 kgfm) e vem equipada com um novo sistema de suspensão e de direção, mais resistente e que garante melhor dirigibilidade ao veículo. Além disso, a versão Sport vem equipada com ar-condicionado, direção hidráulica, vidros e travas elétricas, rádio com MP3 e rodas esportivas de 16 polegadas.
Mas, se você precisa de um veículo para o trabalho pesado e não está disposto a gastar muito, nada melhor que o Mahindra Scorpio. A marca indiana ainda é pouco conhecida no Brasil, mas faz muito sucesso entre os produtores rurais em toda a América Latina. Equipada com um propulsor turbodiesel 2.5 de 110 cavalos, tem tração nas quatro rodas (com reduzida), capacidade de carga de até 1.060 kg e custa a partir de R$ 70 mil. É um veículo robusto, mas vale citar que os dois veículos cedidos pela montadora à reportagem de DINHEIRO RURAL apresentaram problemas.