12/10/2022 - 17:08
Pelo menos sete ônibus foram atacados em Vitória, sendo seis incendiados e outro fuzilado no Complexo da Penha. De acordo com a Secretaria Estadual de Segurança Pública, 15 suspeitos de envolvimento nas ações criminosas já foram detidos pela Polícia Civil. Não há registro de feridos.
Os ataques aconteceram durante todo o dia e noite no Estado. Além da capital, os bandidos também atearam fogo em um coletivo no município da Serra, região metropolitana. Em todos os atentados, os autores estavam encapuzados e alguns armados com pistolas, gasolina e isqueiros.
“A Polícia Militar ocupou as regiões e o nosso serviço de inteligência está trabalhando para encontrar todos os envolvidos e trazer mais segurança para os moradores”, afirmou o secretário de Segurança Pública capixaba, Marcio Celante.
De acordo com a PM, as ações foram orquestradas e executadas por integrantes da facção criminosa PCV (Primeiro Comando da Capital), que tem como base o discurso do PCC (Primeiro Comando da Capital).
“Eles ordenaram a queima dos ônibus. Quem executou e queimou os ônibus? Não foram os líderes do tráfico, mas sim os criminosos que estão abaixo na hierarquia criminal. São adolescentes e jovens com armas e gasolina que aproveitam uma situação e abordam um ônibus para tocar fogo em um ônibus”, explica o especialista em segurança pública Pablo Lira.
Os estragos seriam em retaliação à morte de Jonathan Cândida Cardoso de 26 anos. Ele é apontado como segurança do principal líder do PCV, Fernando Moraes Pereira Pimenta, mais conhecido como Marujo, que é procurado pela polícia. Jonathan, na noite da última segunda-feira, 10, se envolveu em uma troca de tiros com a PM, foi baleado e não resistiu aos ferimentos. Ele tinha um mandado de prisão em aberto por tráfico de drogas.