A suspensão de 16 contas bolsonaristas no Twitter e no Facebook, por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, vai impactar apenas uma pequena parte da rede de apoio ao presidente Jair Bolsonaro nas redes sociais, segundo levantamento da Bites, consultoria especializada em análises de dados de internet.

“Os apoiadores do presidente ocuparam espaços relevantes na internet em sites com expressiva audiência, grupos no WhatsApp, Telegram e canais no YouTube”, diz Manoel Fernandes, sócio da consultoria, lembrando que o YouTube não entrou na decisão do ministro do STF e que alguns dos influenciadores investigados têm canal nesta plataforma.

De acordo com levantamento da Bites, os dez maiores sites bolsonaristas em atividade receberam 34 milhões de visitas em junho. A rede do presidente está sendo construída desde 2018, quando Bolsonaro disputou a eleição. Segundo a consultoria, os números foram conquistados em menor espaço de tempo quando comparados a sites ligados ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, diz Fernandes.

“Os dez (sites) mais alinhados ao espectro ideológico de esquerda registraram 55,5 milhões de visitas no mês de junho, mas chegaram nesse resultado ao longo de duas administrações de Lula até o impeachment de Dilma Rousseff.”

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.