O cavalo árabe foi destaque na pista de julgamento da 43ª Exposição Agropecuária Industrial e Comercial (Eapic), realizada de 7 a 17 julho, em São João da Boa Vista (SP). O evento, uma das mais importantes exposições agropecuárias do interior paulista, reuniu cerca de 140 animais da raça para avaliação em provas de conformação e de desempenho. Entre os machos, o grande campeão foi Tales HVP, do criador e expositor Jaime Nogueira Pinheiro Filho, dono do haras Vila dos Pinheiros, de Indaiatuba (SP). A grande campeã foi a égua Dod Fiorella, do criador e expositor Mauro Luiz Barbosa Dodero, do haras Dod Arabians, de Campo Grande (MS).

Marchador da superação
A 35ª Exposição Nacional do Cavalo Mangalarga Marchador, o principal evento anual da raça, foi um sucesso. O movimento financeiro dos leilões, vendas diretas e shopping de animais cresceu 82% em relação a 2015. Realizada de 13 a 23 de julho, no parque da Gameleira, em Belo Horizonte, a renda foi de R$ 20 milhões, ante R$ 11 milhões do ano anterior. Além disso, passaram pelo recinto 200 mil visitantes. Parte deles também acompanhou as avaliações morfológicas.

Prontos para o Freio de Ouro


Foram encerradas em Brasília, no mês passado, as provas classificatórias para a final do Freio de Ouro 2016. A competição é o principal evento para os criadores da raça crioulo, com a final marcada para o período de 27 de agosto a 5 de setembro, em Esteio (RS). Participam da final 96 animais. Além de cavalos brasileiros, concorrem animais do Paraguai e da Argentina. A modalidade possui sete provas, com pontuação para o cavalo e o cavaleiro.

Novos investidores


O Núcleo de Criadores de Cavalos Crioulos de São Paulo promoveu no mês passado o seu primeiro leilão, o Conquista Bandeirante, realizado na fazenda Capoava, em Itu, interior do Estado. O faturamento foi de R$ 446 mil, com a venda de 35 animais. Para o leiloeiro e diretor da Trajano Silva Remates, Gonçalo Silva, foi uma oportunidade para a entrada de novos investidores na raça. “O maior comprador do remate foram dois irmãos, que estão começando a criar crioulo”, diz Gonçalo. Juntos, eles arremataram sete animais por R$ 96 mil.

Cânter

Em julho, entidades de criadores de cavalos, entre elas a de quarto de milha, margalarga marchador e lusitando, estiveram em Brasília. O motivo foi um debate sobre o mormo, com representantes do Ministério da Agricultura e Pecuária. O morno, uma doença fatal que ataca os equinos, não tem cura e sacrifício vêm sendo o único remédio para eliminar focos. A solução está saindo cara demais, de acordo com Ismael Gonçalves da Silva, presidente da Associação Brasileira de Criadores do Cavalo Puro-Sangue Lusitano.

Quais são os prejuízos?
São milhões de reais em jogo, embora, nesse momento, ainda não consigamos mensurá-lo. O fato é que sacrificamos milhares de animais desde 2012, por causa de indícios da doença, mesmo comprovando posteriormente, por exames, que eles não estavam infectados.

O que houve nesse caso?
A área técnica do Mapa tem sido negligente. É preciso melhorar os testes da doença, pois não há o surto generalizado que se pensa.

Qual o impacto no setor?
Hoje, somos prejudicados na venda de sêmen e os custos de exportação de animais, para se ter uma ideia, saíram de US$ 7 mil para US$ 25 mil, por conta de medidas de quarenta dos equinos.

O Mapa propôs algo?
Ainda não. Confesso que não vejo uma luz no fim do túnel. Só veria esperança, caso fosse trocada a atual equipe técnica do órgão.