23/06/2020 - 14:50
Uma nuvem de gafanhotos foi avistada na cidade de Santa Fé, na Argentina, ameaçando a agricultura local. A previsão do Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agroalimentar (Senasa), do governo argentino, é que os insetos cheguem hoje (23) a cidade de Entre Ríos, ao sul de Corrientes, na fronteira com o Uruguai.
O problema é preocupante para o Brasil pela proximidade com a fronteira do Rio Grande do Sul. A entidade criou um mapa interativo para monitorar a situação e avisar os agricultores. Para as autoridades locais, a nuvem chegou ao País pelo Paraguai.
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As nuvens contêm cerca de 40 milhões de gafanhotos que podem destruir plantações. Eles se agrupam para procurar alimento e boas condições climáticas, com ventos fortes, podem facilitar o seu deslocamento.
O governo tem monitorado a situação desde maio, quando ocorreu o primeiro aparecimento. Na ocasião, a nuvem destruiu uma lavoura de milho em uma fazenda próxima da província de Formosa. O Senasa pede para que os agricultores notifiquem as autoridades em caso de problemas. O órgão tem utilizado o Twitter para se comunicar com os produtores:
#Alerta #Langostas ⚠️🦗
Hoy la manga fue detectada en cercanías de Perugorria, #Corrientes.
Alrededor de las 12:00 hs levantó vuelo con rumbo sur. Debido al pronóstico del viento es probable que a partir de mañana la misma ingrese a la provincia de #EntreRíos. pic.twitter.com/YUVnOxsCQH— Senasa Argentina (@SenasaAR) June 23, 2020
#AlertaLangosta ⚠️🦗 Constatamos la presencia de una manga de #langostas proveniente de Paraguay 🇳🇱 en Colonia Santo Domingo, localidad de General Manuel Belgrano, #Formosa. Estamos evaluando la densidad de la población de la plaga y los daños a los cultivos de maíz y mandioca. pic.twitter.com/Lc52YctoA4
— Senasa Argentina (@SenasaAR) May 22, 2020
⚠️ #Alerta #Langostas
Aviso importante para productores de Lavalle y Santa Lucía.
La manga de langostas cruzó el Río Paraná, ingresando a la provincia de Corrientes. Continua avanzando hacia el este.
Si ves langostas #AvisáAlSenasa
✉ acridios@senasa.gob.ar
📱 App Alertas Senasa pic.twitter.com/K2emV49rIX— Senasa Argentina (@SenasaAR) June 19, 2020
Gafanhotos do deserto
Essa movimentação de gafanhotos já é conhecida em países da África Oriental e no Iêmen, onde a situação é controlada pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO, na sigla em inglês). Conhecido como a maior praga da agricultura, o gafanhoto do deserto (espécie que atua nessa região) ameaça a segurança alimentar desses países todos os anos.
Neste ano, a Índia já teve mais de 50 mil hectares destruídos pela praga. Recentemente, o problema ganhou repercussão nas redes sociais com a chegada dos insetos a áreas urbanas. Os gafanhotos chegaram à Índia pelas fronteiras do Paquistão.